quinta-feira, 15 de maio de 2008

Aprender

Gosto de viajar de comboio.
Durante 6 anos da minha vida fiz o percurso Lisboa - Entroncamento - Lisboa todos os fins de semana, religiosamente. Tinha razões para tal, tinha-o a ele à minha espera, e valeu a pena.
Com isso aprendi a fazer uma mala funcional, com tudo o que precisava, e sem pesos supérfluos (o que ainda hoje é útil, principalmente nas férias). Com isso aprendi ainda a aproveitar o tempo, hora e meia (ou mais, que naquela altura os comboios atrasavam horrores!) de estudo produtivo ou leitura fervorosa.
Mas aproveitar o tempo também pode ser (e isso eu ainda não aprendi) não fazer nada, ficar simplesmente a olhar pela janela, ver as casas e as árvores a passar, prestar atenção aos azulejos que decoram as paredes das estações, e às pessoas que esperam nas plataformas.
Hoje, na terceira ida a Lisboa esta semana, tentei pousar a revista que estava a ler e apreciar a paisagem que desfilava rapidamente pela janela. Deixei de a ver em poucos minutos, o cérebro a trabalhar a 180 à hora, pensamentos a desfilar mais depressa que a paisagem. Para conseguir excomungá-los, remetê-los à insignificância que mereciam, fui procurar ideias úteis e práticas, que pudesse pôr em prática ao chegar a casa, ideias de mudanças, muito pequenas, muito simples, mas que me deixassem com uma sensação de que FIZ algo, não fiquei parada.
Ele tem razão quando diz que tenho de aprender a ter calma.

6 comentários:

  1. Curioso...
    Esta semana fui a Lisboa de comboio. Será que nos cruzámos por lá?

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  2. mcg, as minhas idas a Lisboa resumem-se a comboio - taxi - reunião - taxi - reunião - taxi - comboio :(
    mas nunca se sabe :)

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  3. Pois eu também fiz imensas viagens quando o meu ex-marido, na altura marido, estava a viver no Algarve... Aproveitava para pensar na vida e arrumar as ideias. Acho que isso são horas proveitosas...

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  4. São horas proveitosas se os pensamentos forem bons :)

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  5. A calma aprende-se com o tempo... quando descobrimos a fórmula mágica de dar às coisas a sua verdadeira importância.

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  6. viajante, é o que ele me está sempre a dizer :)

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