quarta-feira, 17 de abril de 2019

De coração cheio (III)

Regressar a Paris só para ver a Basílica do Sacré Coeur, subir as ruas de Montmartre apinhadas de gente, entrar nas lojinhas apinhadas de souvenirs (again), subir as escadarias até ao topo e ver a cidade banhada pelo sol, percorrer a Basílica em silêncio e acender uma velinha com Peter Pan. Eu pedi saúde. Ele pediu um jipe velho. Sentar no relvado a sentir o sol e o burburinho da multidão, e deixar Peter Pan rebolar pela encosta vezes sem conta; procurar um bistrot para a despedida, pedir uma sopa de legumes intragável só para confirmar que não há melhor comida (nem café) que em Portugal, pegar nas mochilas e dizer adeus (ou até um dia).









terça-feira, 16 de abril de 2019

De coração cheio (II)

A Disney foi o segredo guardado até à última, só possível com um puto que não fazia mínima ideia do que isso era, mesmo hospedado num dos hotéis do parque e rodeado de Mickeys e meninas fantasiadas de princesas por todo o lado. A partir do momento em que entrou no recinto, Peter Pan não andava... ele dava saltinhos. Pedia para lhe tirar fotos, queria entrar em todas as lojas (again) e não descansou enquanto não teve um boné do Pateta enfiado na cabeça. Fomos vendo tudo com calma, em ritmo de passeio, entrávamos nas atrações com pouco tempo de espera, andámos no Riverboat da Frontierland, nos barquinhos e no comboio da Fantasyland; visitámos o Nautilus e a cabana do Robinson Crusoé; vimos o espetáculo de 3D do Mickey's Phillarmagic (tão giro ver Peter Pan a estender os braços para tentar agarrar os bonecos...); repetimos o Buzz Laser e a praia dos Piratas; fingimos curtir peles de búfalos no parque dos índios, e ter medo na gruta do Dragão; andámos às voltas no labirinto das cavernas do Tesouro e nas chávenas do Mad Hatter. Vimos a parada à distância e esperámos até ao fim pelo espetáculo de fogo de artifíco em frente ao Castelo da Bela Adormecida, indescritível de tão lindo.
No final do dia, a magia de todo este mundo encantado faz-nos esquecer os nove quilómetros que pesam nas pernas, alguns períodos de seca em filas, os preços exorbitantes ou a pena de os Piratas da Caraíbas terem tido um problema técnico mesmo quando já estávamos para entrar. Ficam os cenários soberbos, a decoração cuidada ao pormenor de cada loja, a música constante que só aumenta o imaginário de cada ambiente, a alegria colorida que se respira ali dentro. E a certeza que este dia ficará gravado na memória de Peter Pan, tal como está gravado no meu coração.       





















segunda-feira, 15 de abril de 2019

De coração cheio (I)

Subir ao Arco do Triunfo e voltar a ver Paris em toda a sua grandiosidade. Descer as escadas em espiral e seguir pelos Champs Elysees apinhados de gente. Fazer a vontade a Peter Pan que queria entrar em tooooodas as lojas que via, desde a Max Mara a uma relojoaria. Arrepender-me de entrar na loja da Apple onde ele ficou uma hora e meia a mexer em tudo quanto era botão e ecrã. Decidir entrar no metro a meio da avenida, senão ainda agora lá andávamos a ver lojas (é pior que uma gaja...). Um croque-madame e um copo de Merlot numa esplanada perdida. A pirâmide do Louvre e o espanto de Peter Pan quando lhe dissémos que tudo à volta era um museu gigante. Vê-lo a correr atrás de bolas de sabão no Jardin de Tuileries. Passear entre os lagos até à Place de la Concorde, rodeados de centenas de parisienses e turistas a aproveitarem o sol acolhedor. Atravessar a magnífica ponte Alexandre III. Ver enfim a Torre Eiffel, o pedido de Peter Pan e a razão primeira desta viagem. Não quis esperar as duas horas que faltavam para podermos subir, mas não ficou triste. Um lanche no banco de jardim a dar bocadinhos de bolachas aos pombos. A viagem de barco no Sena, só emsombrada pelo incêndio da Catedral de Notre-Dame, o céu cinzento de fumo, as sirenes que não se calaram nas horas seguintes, a consternação de toda a gente sem saber ainda a gravidade do que se passava. Subir até ao Trocadero para ver a Torre iluminada uma última vez, antes de regressar ao hotel, cansada de quase dez quilómetros a pé (e Peter Pan foi um herói, que acompanhou o passo sem queixumes de maior), mas de coração a transbordar por lhe poder dar mais este bocadinho de mundo.





















domingo, 14 de abril de 2019

Daqui a pouco...



Zaz & Pablo Alboran
"Sous le ciel de Paris"

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Mais do que ouvir



Joni Mitchell
"Both Sides Now"

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Sem palavras (IV)



World of Hans Zimmer
(Altice Arena - Lisboa)

Sem palavras (III)



World of Hans Zimmer
(Altice Arena - Lisboa)

Sem palavras (II)




World of Hans Zimmer
(Altice Arena - Lisboa)

Sem palavras (I)




World of Hans Zimmer
(Altice Arena - Lisboa)

Tenho a mais profunda certeza de que velas por mim, todos os dias.
Mas hoje... hoje senti-te aqui ao meu lado. Em silêncio e de lágrimas nos olhos. Tão comovida e deslumbrada como tu estarías.