terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dia 28 *

Flowers



* Ou Vamos ver se é desta...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Admitir (II)

O cheiro da madeira queimada. O som do crepitar dos pequenos toros. A luz das chamas.
Confesso, tinha saudades do conforto de uma lareira acesa.

domingo, 27 de novembro de 2011

Dia 27 *

From a distance


* Ou Almoço na esplanada

sábado, 26 de novembro de 2011

Regressar *

Uma semana sem escrever. Sem escolher ao menos uma música que substituísse as palavras. Sem ver um filme que me emocionasse (ou outro qualquer, vá...).
Uma semana sem portátil. O bicho teve uma crise de vesícula e esteve quase a bater as botas. Está em estado comatoso à espera de uma peça que lhe devolva a vida e me devolva as quase 500 fotos da primeira comunhão do D. (sendo que metade delas são da L. a fazer gracinhas, a L. a fazer caretas, a L. a dar passinhos só agarrada a um dedo da mão de um adulto, a L. a comer, a L. a sorrir... a minha sobrinha é um doce hiper-calórico e não me canso de olhá-la...). Mas isto é desculpa. Tenho mais um PC e um portátil em casa. É claro que não é a mesma coisa. Não têm os meus atalhos, os meus videos e as minhas músicas. Mas estão cá e têm teclado, servem perfeitamente para escrever.
Também podia culpar a preguiça, isto de estar desde quinta feira em casa, fim de semana grande (e ainda faltam mais dois assim, que aborrecimento...) entre as sestas no sofá embrulhada na manta maravilhosa (a melhor compra dos últimos tempos) e a costura dos quadrados da outra manta que finalmente já se parece com alguma coisa de jeito; entre a leitura do Transa Atlântica (descontraído, descomplicado, divertido) e dos 85 blogs que sigo no GR, não sobra muito tempo (esta vida é uma canseira...).
E por falar em compras, hoje trouxe para casa uma canadiana preta (esta fazia-me mesmo falta), uma túnica macia com aplicações de flores de organza (aquelas mariquices que são a minha cara), um casaco de malha branco que andava a procurar há séculos e umas leggings pretas (pronto, rendi-me, são do mais confortável que há, desconfio que vou passar o inverno com elas vestidas, vou mudando só as túnicas e as botas de cano alto). E das duas uma, ou deixo de comprar collans de todas as cores e feitios, ou tenho urgentemente de arranjar algumas saias... 



* (A ver vamos...)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

À flor da pele

Chorei. Pela razão errada.
Ouvi o meu irmão a chorar ao telefone. De alegria. De alívio. As razões que deviam ser as minhas se não tivesse tanto medo.
E tenho a certeza que a minha mãe também chorou assim que a deixámos em casa.

(Ir a Coimbra confirmar a minha gravidez. 5 semanas. Ver no ecrã um saco gestacional perfeito. Com uma cauda. De mão dada com ele. Levar a mãe e só lhe explicar o que íamos fazer quando chegámos à porta da clínica. Dizer-lhe baixinho que sim, que estava grávida. Grávida... Contar-lhe o resto enquanto almoçávamos massa num italiano de centro comercial. Tudo o que lhe tinha escondido nos últimos seis anos. Para a proteger. Mas ela merecia saber a verdade. Resumida e sem dramas. Mas toda a verdade.)

sábado, 19 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"Não te mexas muito..."

Florence and the Machine
"Shake it Out"


(Dormir no sofá desde as 7 da tarde até agora... non stop...)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novo bicho de estimação

- Isso é mesmo telemóvel de gaja...
(E...??)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aquietar o coração

Mercedes Sosa
"Gloria"

E, por breves instantes, o mundo parou...

"(...) mas há um dia em que as peças todas do puzzle emaranhado que se foi espalhando por todo o lado - sem esperança de se encontrar a peça que o gato levou para brincar, que o bebé meteu na boca aflito dos dentes, o conjunto todo de peças que aparentemente não encaixavam umas nas outras -, há um dia em que tudo se encadeia, pim, pim, pim, zás e, nesse momento - digo-lhe isto com a mesma certeza de que é impossível manter os olhos abertos quando se espirra -, a mandíbula descai um bocadinho e o olhar eleva-se para o céu, e por breves momentos, penso que nem um segundo chega a passar, rebobinamos tudo para trás, todas as pequenas coisas vêm ao cimo como bolinhas de esferovite numa taça de água, e damos por nós, maquinais, magistrais a arrumar tudo no sítio certo para que possamos seguir em frente, e percebemos tudo, o porquê de tudo (...)". 


(No parque de estacionamento da fábrica, a ler o resultado da análise de cinquenta euros que deixou de ser comparticipada pelo Estado, à luz dos faróis do Alfa e debaixo de uma chuva miudinha, no dia em que Portugal ganhou à Bósnia por 6-2, e em que o Estádio da Luz em peso cantou "A Portuguesa" a uma só voz, fazendo esquecer por instantes a crise e todas as (outras) tristezas... 
62,76. O dobro da última vez. O número mágico que me fez acreditar que sim. Desta vez sim.)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Momento (CLXXIV)

Reconhecer o carro que vem de frente. Ver os sinais de luzes.
E o sorriso rasgado dele enquanto nos cruzamos.
Seguir caminho com o coração cheio.

Logo de manhã...

... no email...

"Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom:
- Não fiz fofoca;
- Não perdi a paciência;
- Não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata, nem irónica;
- Controlei a minha TPM;
- Não reclamei;
- Não praguejei;
- Não gritei;
- Não tive ataques de ciúmes;
- Não comi chocolates;
- Também não fiz débitos no meu cartão de crédito, nem passei cheques pré-datados;
Mas peço a Tua proteção, Senhor, pois estou para me levantar da cama a qualquer momento!
AMÉN!!!"

sábado, 12 de novembro de 2011

Esta é a minha família

Telefonema do puto grande à meia noite e dez (mau, será que aconteceu alguma coisa?)
- Olha, estamos aqui à luta com cinco ou seis vestidos, não sabemos qual havemos de vestir à baby no domingo, por isso vamos enviar-te as fotos por email, para dares a tua opinião...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Momentos (CLXXIII)

Cumprindo a tradição, a empresa dá-nos a tarde de S. Martinho. Pego na mãe e vamos visitar a avó L. e ver os cachorrinhos que nasceram ontem. Um deles vem para casa da mãe, para ser tão mimado como é a Tota (já estou a imaginar as cenas de ciúmes que a madame vai fazer, habituada a ser dona e senhora de todas as atenções...).





Levo-a à feira, para ver os cavalos e tirar umas fotos, depois de perder meia hora até conseguir estacionar (mas ficamos a 5 minutos do picadeiro, valeu a pena). Damos a volta ao picadeiro devagar, sempre na conversa, ora parando para fazer uma festa a um cavalo, ora espreitando para dentro dos stands das coudelarias, ou desviando-nos de alguns animais mais irritados (os donos, claro, que os bichos não têm culpa que os obriguem a andar assustados no meio de multidões).









Passamos pelo supermercado para comprar fruta, mas ir ao supermercado com a minha mãe é sempre uma aventura "olha, isto está mais barato, vou levar... olha, por acaso até me dava jeito um destes, vou levar..." por isso o que devia caber num saco de plástico normal transforma-se numa carga de encher meio porta-bagagens.
 
No final do dia, deixo-a em casa feliz da vida porque vai "assar castanhas e beber um cálice de jerupiga... só um bocadinho". Eu, que não gosto de castanhas e não vou beber jerupiga, enfio no forno um daqueles bolos de chocolate de compra, a massa já vem pronta e é só cozer. Ficou um bocado seco. Mas deu para matar a gulodice...

Pedir um desejo

Só um.
Sempre o mesmo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dia 26 *

Close-up



* Ou
- O nosso casamento é bom, não é?
- É... Tem gomas...

Dez anos de tudo

Irrita-me a quantidade de beijos que ele me dá na ponta do nariz, mas sei que ele adora e é uma forma de me mostrar carinho. Ele revira os olhos e deve ter vontade de me esganar quando acordo a embirrar com este mundo e o outro (TPM no seu auge...) e a melhor forma de me apaziguar é simplesmente dar-me um abraço apertado para me calar. Eu tenho de contar até vinte de cada vez que vejo os chinelos dele atirados cada um para seu canto da sala. Ele tem de respirar fundo de cada vez que eu ponho as calças favoritas a lavar exactamente na altura em que ele queria vesti-las. É assim há 10 anos. Não vai mudar.
Moramos em frente a uma padaria, mas nunca há pão fresco em casa. O melhor lugar do sofá é de quem sentar primeiro, mas quando ele vem das aulas à noite, eu chego-me para o lado para ele aproveitar um bocadinho. Ele não compreende para que é que eu preciso de tantos sapatos (e botas... não esquecer as botas...). Eu não compreendo como é que ele não compra uma peça de roupa há mais de um ano, e só usa um terço das que tem no armário (e é sempre o mesmo terço...). Ele não é capaz de dormir mais do que seis horas por noite (domingos e feriados incluídos). Eu consigo dormir doze seguidas, se me deixarem. Somos capazes de passar horas sentados lado a lado, cada um com o portátil no colo, sem dizer uma palavra. Somos capazes de ter conversas absolutamente surreais à mesa (e quem nos conhece, ou melhor, quem O conhece, sabe que não é preciso muito...). Ele não se queixa das vezes em que não me apetece fazer jantar. Eu não me queixo das vezes que ele passa no computador a estourar a cabeça de mortos-vivos em altos berros. Não nos sentamos para tomar uma refeição sem ligar o rádio. Não adormecemos sem nos abraçarmos. É assim há 10 anos.
Rezo para que nunca mude.

(E sei que ele odeia as minhas músicas lamechas... mas não me importo).

Turtles
"Happy Together"


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ouvir e sentir (CLXIX)

Djivan Gasparyan
"Hingala"


(inspira... expira... não penses...)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Back to work

Depois de uma semana inteira a dormir mais de 12 horas por dia.
Isto custa tanto...

sábado, 5 de novembro de 2011

Bocejar

O Midnight in Paris, pelo contrário, se não fosse pelos cenários (Paris, sempre Paris; e o ambiente boémio dos loucos anos 20) não valia um chavo. E não podiam ter arranjado ninguém melhor para actor principal? A sério, o tipo já de si não é grande espingarda (e nem estou a falar do nariz, é mesmo daquela cara de cão sem dono à espera de um osso, o registo dele é sempre o mesmo em todos os filmes, que nervos) mas aqui esforça-se tanto por imitar Woody Allen que até irrita.

Hipnotizar (II)

Oh boy...

 

(Até que enfim uma comédia romântica que não tem um final demasiado óbvio).

Hipnotizar

(Foi amor ao primeiro acorde).

The Gift
"Primavera"


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sair de casa *

Um Big Tasty, um Oreo McFlurry, e Bradley Cooper de camisa branca e óculos Aviator.
Tudo a que tenho direito, portanto.

Flo Rida
"Turn around"
(Hangover 2 OST)


* Ou Acabou a minha cura de sono

Dia 25 *

Something pink



* Ou Ando desde ontem a sonhar com McDonald's...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dia 24 *

Animal



* Ou Por este andar, acabo lá para o Natal...

Repousar

Não é tanto pela história. Talvez pela forma como é contada. Pela essência das questões colocadas. Dúvidas existenciais. As mais difíceis de responder.
(A nível visual, é simplesmente avassalador).


The Tree of Life

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Momentos (CLXXII)

Acordar com o som da chuva. O vento a sibilar nas janelas. Saber que não tenho de me levantar. Aninhar-me mais nos lençóis. Adormecer de novo. Acordar com vontade de fazer um bolo. O cheiro reconfortante que emana do forno. O calor de uma chávena de chá. Ler um livro. Enrolada numa manta. Banhada pela luz fosca que entra pela janela atrás do sofá. Passar umas horas com a mãe. Ouvi-la contar as peripécias da viagem a Badajoz. (Não me trouxe caramelos, as lojas estavam fechadas). Vê-la rir. Senti-la feliz.
E voltar a (ter vontade de) escrever.