Chorei. Pela razão errada.
Ouvi o meu irmão a chorar ao telefone. De alegria. De alívio. As razões que deviam ser as minhas se não tivesse tanto medo.
E tenho a certeza que a minha mãe também chorou assim que a deixámos em casa.
(Ir a Coimbra confirmar a minha gravidez. 5 semanas. Ver no ecrã um saco gestacional perfeito. Com uma cauda. De mão dada com ele. Levar a mãe e só lhe explicar o que íamos fazer quando chegámos à porta da clínica. Dizer-lhe baixinho que sim, que estava grávida. Grávida... Contar-lhe o resto enquanto almoçávamos massa num italiano de centro comercial. Tudo o que lhe tinha escondido nos últimos seis anos. Para a proteger. Mas ela merecia saber a verdade. Resumida e sem dramas. Mas toda a verdade.)
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