domingo, 21 de fevereiro de 2010

Passear

Eu sempre disse que gostava de ver Lisboa com olhos de turista, mas desta vez abusei: meti-me numa excursão para ir "conhecer" Sintra e Cascais.



E se ir atrás da carneirada é um bocado seca, a verdade é que aprendi imenso (eu não fazia ideia onde era o ponto exacto do estuário do Tejo, por exemplo).
Começámos no Palácio de Queluz, não é tão deslumbrante como o Palácio da Pena, mas vale a pena visitar,



e mais uma vez as explicações da nossa guia (simpática, alegre e nada monótona) mesmo dadas em inglês (os russos e franceses que íam connosco não pescaram nada o tempo todo) fizeram-me olhar para tudo com outros olhos (o retrato da Rainha Carlota Joaquina até me arrepiou, coitada da senhora, não teve culpa nenhuma, mas era feia como cornos!!).
Adorei o quarto do forrado a brocado carmim, o lustre candelabro de vidro Murano pela sua excentricidade (e por acaso fiquei a pensar que um lustre preto era capaz de ficar bem na nossa sala... também me lembrei que nestes saldos só comprei uma mísera túnica, eu nem me estou a reconhecer...),


todos os pormenores da Sala de Merendas,


e as colunas que parecem de mármore mas na verdade são de madeira pintada, porque a realeza (já naquela altura) não tinha dinheiro para mais. E cada tecto e cada parede, ricamente pintados e decorados, são de ficar de boca aberta e com torcicolos de tanto olhar para cada pormenor.


Paramos no centro de Sintra o tempo suficiente para comer um travesseiro quente e estaladiço, seguimos para o almoço num restaurante típico (para a estrangeirada que ía connosco), que só valeu pelos vinhos patrocinados por um dos participantes (até brandy bebi!).
À tarde passamos pelo Cabo da Roca (e apanhamos uma molha descomunal em 5 minutos) e toda a marginal de regresso a Lisboa, a ouvir as histórias de espiões e realeza em Cascais e no Estoril que serviram de inspiração para o Casino Royale.
Para acabar da forma mais doce, pastéis de Belém no sítio do costume (a última vez que ali tinha estado, eram 4 da manhã do último dia do ano, estava com amigos, vimos os carros a arrancarem no início do Lisboa - Dakar, e os pastéis souberam-me mil vezes melhor).

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