sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ouvir e sentir (XCVII)

Porque esta manhã, já atrasada (como sempre) despejei o armário das botas no chão do hall de entrada, à procura das desejadas para hoje. Quando entrei no carro ainda a pensar nas pragas que a avó me iría rogar se visse o carnaval que eu deixei em casa, ela que sempre me ensinou que "sabemos como saímos, não sabemos como vamos voltar", esta foi a primeira música do dia (mais uma vez e sempre, bendita Rádio Comercial que me salva todas as manhãs). E fiquei a pensar que hoje sería um dia bom.
No escritório, à minha espera, tinha uma tacinha de arroz doce que uma colega fez de propósito, porque a travessa de ontem desapareceu sem deixar rasto antes de eu ter oportunidade de provar. A R. foi uma querida e deixou-me reunir primeiro com o senhor que fala alto, e pela primeira vez em meses esvaziei a pasta dos pendentes que tem o nome dele na capa. O puto mais velho ligou a anunciar que já assinou o contrato de compra da casa que o trará para perto de mim. E vou fazer arroz de marisco para um jantar a dois acompanhado de um tinto Quinta de Cabriz gentilmente oferecido pela nossa Paula.
Porque hoje foi um dia bom.

Pearl Jam
"Just Breath"

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