A minha fé é muito própria e individualista, não se rege por regras escritas pelos homens, é espiritual, sentida e não pensada. Gosto de igrejas (vazias) enquanto locais onde sinto uma profunda paz, e não enquanto lugares de culto ou adoração de imagens e estátuas que são arte e nada mais. Nem sequer vou entrar pelo poder da instituição Igreja ou pela riqueza do Vaticano, porque não vale a pena.
"The Kingdom of God is inside you, and all around you, not in mansions of wood and stone. Split a piece of wood... and I am there, lift a stone... and you will find Me.", do Stigmata, marcou para sempre a minha fé e a minha noção de Deus.
Por tudo isto a visita do papa Bento XVI a Portugal não tem nenhum significado para mim. Embirro solenemente com o homenzinho de olhos minúsculos e gostos caros, principalmente se compará-lo com a postura humilde e os modos bondosos daquele que conheci como um exemplo: João Paulo II.
Mas apesar disso, comovi-me ao ver a imensa manifestação humana no Terreiro do Paço, e a procissão da velas, em Fátima. Fosse pela fé ou pela curiosidade, todas aquelas pessoas estavam ali com um propósito, unidas numa onda de crença e alegria que me emocionou. Porque a fé não se explica.
Missa Papal na Praça do Comércio
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