Está tudo a desmoronar-se à volta dele. Começam a abandonar o barco, vencidos pelo cansaço, sem aguentar mais a pressão. Eu pergunto-me até quando ele aguentará. Digo-lhe para lutar, para levar até às últimas consequências, para não deixar que se fiquem a rir. Fico confusa com o baixar os braços que vejo e que não reconheço como sendo dele, nunca o vi assim, sem reacção. Uma lealdade levada ao extremo, para com quem nunca o mereceu, e para com o que já não o merece. Diz-me que tem medo do que fará, se reagir. Não sabe dosear as emoções, e prefere aguentar, porque quando explodir perde toda a razão. E eu acredito.
Não insisto hoje, porque a notícia deixou-o de rastos. Mais um laço quebrado, um dos laços que mantinha a estrutura coesa e forte. A força está a perder-se. É o início do fim.
Nem a janela aberta lhe devolveu o sorriso. Tento que fale comigo, mas recusa. Abro os braços para o acolher, mas afasta-se. Ele é como quem escreveu "Sou de lamber as minhas feridas em absoluta solidão". E eu respeito.
O simples facto de estares aí já alivia a solidão e tenho a certeza que a tua presença será mais importante do que muitas palavras que possam ser ditas.
ResponderEliminarBom fim-de-semana
Há alturas difíceis não há dúvida!
ResponderEliminarE não deve ser fácil estar na tua posição... mas parece-me que só a tua presença o deve ajudar. Se ele não quer falar, o melhor é mesmo não insistir...
mcg e free, têm razão, e eu sei que é assim que ele sente.
ResponderEliminarBom fim de semana, e um abraço.