terça-feira, 15 de abril de 2008

Apreensão

A calma e paz interior que tenho vivido nos últimos dias são agora ensombradas pelo olhar dele. Cada vez mais cansado, triste, farto, quase no limite das forças. Fico preocupada de o ver assim, com vontade de bater com a porta, mas não o faz, não abandona o barco, vai ficar até que se afunde. E sabê-lo dà-me um aperto no coração, porque ele não merece, não depois de 10 anos de sangue e suor, 10 anos de dedicação e esforço, sem um agradecimento sincero, sem um reconhecimento. Ele não o merece, e é isso que mais o revolta, sentir-se enganado e usado.
E eu com vontade de o abraçar até ele adormecer, de lhe curar as dores com um beijo, de lhe afagar a cabeça e dizer que vai ficar tudo bem. Mas não sei se vai ficar tudo bem, por enquanto é uma incerteza, não tenho as respostas que ele precisa, posso dar-lhe a minha opinião, mas a palavra final será sempre dele, e eu vou respeitá-la, mesmo que não concorde com ela. Terá o meu apoio, sempre o teve, e cá estarei para lhe amparar a queda se necessário, ou para brindar com ele a um novo começo.
Porque "Adeus não tem de ser sempre o fim. Ás vezes é só um novo começo."

4 comentários:

  1. Registei essa frase "Adeus não tem de ser sempre o fim". É bem verdade, sábia verdade.

    Boa sorte para o teu rapaz. Se se fechar uma porta de certeza que se abrirá uma janela.

    Esperança e perseverança é preciso!

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  2. "Quando Deus fecha uma porta, abre algures uma janela". Já pensei tanto nesta frase, e agora está aqui :)

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  3. por vezes basta só um olhar na altura certa...ela chegará blackrose ;-)

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  4. s. continuo a acreditar que tudo tem solução.
    Um abraço.

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