quinta-feira, 6 de março de 2008

Acabar o sofrimento

Não me apetece dizer uma palavra, porque a primeira que sair será uma asneira, e a segunda também. E a terceira... para rematar. Porque estou furiosa por ter estado 2 HORAS à espera de um reboque, porque odeio esperar, porque preferia ter continuado a conduzir até o carro começar a largar peças pela estrada. Só não o fiz com medo pela minha integridade física, ou de provocar algum acidente. Mas gostava de garantir que ele morria de vez.
O carro da empresa deixou-me ficar mal, novamente. Mas a culpa não é dele, coitado, já tem mais de 370 mil kms, já está velhote. A culpa é de quem não quer arranjar um carro em condições para eu trabalhar. A culpa é de quem acha que para ir a Lisboa 4 ou 5 vezes por mês, este chega muito bem.
Depois há a outra versão: "Você é que é uma destruidora de carros!" Bem sei que é dito em tom de brincadeira, mas a brincar vou ficando com o rótulo de "acelera que parte os carros todos", o que é mentira, porque o Corsa que eu tive antes nunca me deu problemas (nem eu a ele). Mas quando acabou o contrato de ALD, havia menos vendedores, e não valia a pena manter a frota. Eu fiquei com o "vermelho", que chegou às minhas mãos já velho "mas nunca tinha dado chatices". Claro que não, foi acumulando e descarregou tudo em mim!
Já é a quinta vez que este carro me deixa pendurada. Na primeira vez o cabo do acelerador prendeu no fundo (daí vem a minha fama de acelera), na segunda, a água do radiador aqueceu demasiado e saltou fora, provocando uma nuvem de vapor a sair do capô, que me deixou em pânico porque julguei ser fumo. As outras duas foram problemas de bateria. Quando um carro começa a passar mais tempo na oficina do que na estrada, alguma coisa está mal!!
E agora, luz vermelha da temperatura acesa e fumo branco a sair do cano de escape. Diagnóstico: queimou a junta da cabeça do motor.
Pode ser que morra de vez. Assim acaba-se o sofrimento. O dele e o meu.

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