Ao ler este post recordei-me da terra da minha avó, onde passei os melhores momentos da minha infância. Desde que me conheço como gente, que as férias grandes eram passadas ali, entre galinhas e pavões, tomateiros e laranjeiras.
Lembro-me da matança do porco na eira (agora nem isso se pode fazer, a ASAE não deixa), e de como ficava aterrorizada com os grunhidos de dor do animal.
De tomarmos banho no tanque, que na altura nos parecia uma piscina olímpica, e de aproveitarmos para lavar os cães também (um dia o meu primo mais novo lembrou-se de fazer o mesmo aos gatinhos recém-nascidos). De fugir dos patos-bravos, aos saltos depois de serem degolados pela minha avó.
Lembro-me de andarmos (eu e o meu irmão, na altura com 6 e 5 anos) a ajudar(?) a semear o milho, e a minha avó a meter as mãos à cabeça e a rogar-nos pragas pelos punhados que despejávamos em cada buraco (mais tarde chegou a dizer-nos que nunca teve milheirais tão bons como aqueles). Das tigeladas que ela fazia (divinamente) no forno a lenha. De almoçarmos na eira, debaixo do chorão grande.
Lembro-me de ter sido muito feliz na terra da minha avó.
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