O sol quente a bater-me na cara e o vento a revolver-me os cabelos pela janela aberta do carro, enquanto passamos por tractores rodeados de nuvens de pássaros brancos à procura de alimento.
Um folhado misto com cogumelos e um sumo fresco, num estabelecimento com o nome pomposo de "Le Bistrôt", mas com as paredes decoradas com cachecóis de clubes de futebol, a televisão em altos berros, e os velhotes todos ao balcão com a sua roupa de domingo.
Ver o jipe ficar (praticamente) entalado numa rua de Reguengo do Alviela. Não admira que aquela terra fique sempre isolada quando o nível das águas sobe! Naquelas ruas nem cabe um carro!!
Uma omolete de espargos com muita cebola frita (feita por ele), acompanhada de pão de azeitonas e tinto Terras do Suão.
Um filme comovente, que retrata as pessoas estranhas que nos surgem no caminho (acho que toda a gente tem o seu rol de pessoas assim). Fala de relações humanas, das dúvidas em relação ao futuro, o eterno desconhecido, e da possibilidade de traçarmos o nosso destino. Escolhermos a vida (e a família) que queremos ter. Abriu feridas mal saradas, mas deixou-me com um sorriso de quem ainda julga ser possível pegar nas rédeas deste caminho tão sólido mas que parece demasiado recto (e um filme que começa com um minete é sempre uma boa promessa).
Sem comentários:
Enviar um comentário