Em dia de homenagem aos mortos, as nossas atenções foram para a família, e depois de deixar flores e uma oração nas campas das duas pessoas que ele gostava que eu tivesse conhecido (a mãe e a avó P.), o tempo foi passado em visitas às tias e avós (a minha e a dele, as que nos restam e estão sempre à espera de nos ver), ouvir as histórias de infância e provar o vinho novo, e queijo, e uma broa, e não nos deixarem sair de lá sem um saco cheio de tânjaras e romãs e couves que não cabem num braço.
Visitas sempre breves que sabem a pouco, afinal esta é a nossa família, e é tão raro vê-los, falta de tempo, queixamo-nos sempre de falta de tempo, e deixamos que o tempo nos afaste da nossa essência, de um conceito de família alargada cada vez mais estranho, mas que era bom retomar, para sabermos quem somos, as nossas origens.
Ora bem, disseste tudo: "para sabermos quem somos". É por isso que eu acho que muita gente vai voltar às raízes.
ResponderEliminarbjs
viajante, por isso os teus lameiros, não é? ;))
ResponderEliminarÉ uma pena afastarmo-nos assim das pessoas que nos viram nascer e crescer, como tu disseste, nunca temos tempo para os ver, mas depois quando há um funeral já há tempo :(
É por isso que vamos visitar a avó dele de duas em duas semanas, religiosamente, e eu também devia fazer o mesmo com a minha, está aqui tão perto e passo meses sem a ver, porque acho que ela vai estar sempre lá, mas não vai, e não quero percebê-lo tarde de mais.
Um abraço grande