sábado, 1 de novembro de 2008

Homenagear

Em dia de homenagem aos mortos, as nossas atenções foram para a família, e depois de deixar flores e uma oração nas campas das duas pessoas que ele gostava que eu tivesse conhecido (a mãe e a avó P.), o tempo foi passado em visitas às tias e avós (a minha e a dele, as que nos restam e estão sempre à espera de nos ver), ouvir as histórias de infância e provar o vinho novo, e queijo, e uma broa, e não nos deixarem sair de lá sem um saco cheio de tânjaras e romãs e couves que não cabem num braço.

Visitas sempre breves que sabem a pouco, afinal esta é a nossa família, e é tão raro vê-los, falta de tempo, queixamo-nos sempre de falta de tempo, e deixamos que o tempo nos afaste da nossa essência, de um conceito de família alargada cada vez mais estranho, mas que era bom retomar, para sabermos quem somos, as nossas origens.

2 comentários:

  1. Ora bem, disseste tudo: "para sabermos quem somos". É por isso que eu acho que muita gente vai voltar às raízes.

    bjs

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  2. viajante, por isso os teus lameiros, não é? ;))
    É uma pena afastarmo-nos assim das pessoas que nos viram nascer e crescer, como tu disseste, nunca temos tempo para os ver, mas depois quando há um funeral já há tempo :(
    É por isso que vamos visitar a avó dele de duas em duas semanas, religiosamente, e eu também devia fazer o mesmo com a minha, está aqui tão perto e passo meses sem a ver, porque acho que ela vai estar sempre lá, mas não vai, e não quero percebê-lo tarde de mais.
    Um abraço grande

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