... parecemos três crianças irrequietas, a mexer em tudo, a contar anedotas, a brincar com os comandos das camas articuladas, a galar as enfermeiras (eles, não eu). Se houvesse mais alguém naquele quarto (para além do velhote ao canto, que mal se mexeu enquanto lá estivémos) acho que tínhamos sido expulsos. Uma alegria forçada e nervosa, para tentar dar um pouco de ânimo (se é que isso é possível) a quem sabe que dali a algumas horas vai ficar sozinho.
Sei que é para o bem dele, mas isso não me dá alento nem aquieta, e todas as palavras que uso para dar força à minha mãe e ao puto mais novo (que surpreendentemente ou talvez não, mostrou-se hoje inconsolável e revoltado) soam-me a pouco e a inevitável.
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