Jantar de Natal da empresa dele (da minha nem me quero lembrar), pessoal divertido, mais amigos do que conhecidos, poucos mas bons (tirando uma excepção, há sempre uma excepção que confirma a regra, pensei que passados seis anos desde que a vi pela última vez, estivesse melhor, mas não, está exactamente na mesma, e eu só dizia antes de entrarmos para o restaurante "pelo amor da santa, não a deixes sentar ao meu lado!").
Estava tudo a correr bem até surgir a conversa inevitável, mais uma grávida, 7 semanas "deixei de tomar a pílula e engravidei logo", "a minha irmã também está grávida" (pormenor: a irmã tem 18 anos e uma pancada enorme), "ai, eu engravidei por descuido, eu nem queria, sempre disse que não queria ter filhos" (dito com um esgar de desdém, realmente não mudou nada), e eu coloquei a minha máscara de surpresa e o meu melhor sorriso, e ataquei a garrafa de Casal Garcia.
E assim continuei o resto da noite no bar de karaoke para onde fomos, ri muito e ri alto, brinquei e cantei (longe do microfone, claro), depois de 5 moscatéis e um maço de tabaco a anestesia estava completa, não pensava, não sentia, não deixava ninguém ver para lá da máscara.
Quem disse que as máscaras são sempre más?
ResponderEliminarJoanissima, ás vezes são necessárias, claro, porque os outros não têm culpa dos nossos problemas (mas ainda gostava de encontrar o gajo que disse que uma mulher tinha mais facilidade em engravidar se convivesse com outras grávidas, para lhe partir os dentes a pontapé).
ResponderEliminarEm determinadas circunstâncias as máscaras são uma estratégia de sobrevivência...
ResponderEliminarUm enorme beijo de Natal
mcg, eu estou quase a acabar o meu doutoramento em máscaras ;)
ResponderEliminarUm abraço apertado