domingo, 13 de março de 2011

Em Londres (III)

Arrancamos em direcção à feira, o que nos obriga a atravessar Chelsea pela King’s Road com o seu festim de montras (aqui perdia-me até à ruína…) até ao centro de Londres, mesmo em frente à Abadia de Westminster e à famosa Torre do relógio (Big Ben é o nome do sino), e passar por zonas residenciais tranquilas e cuidadas, mas mal me atrevo a olhar pela janela do carro para os edifícios vitorianos bem conservados e para os jardins pontilhados de flores amarelas e brancas, com medo de, a qualquer momento, o chefe ir bater num carro estacionado ou atropelar um ciclista (muitas gente usa a bicicleta como meio de transporte para fugir ao trânsito). É desta que me cai mais cabelo…








Passamos por Knightsbridge e vemos uma enchente de pessoas que dá a volta ao quarteirão e entope todas as entradas… do Harrods.


Pois, é mesmo assim, as pessoas fazem filas intermináveis à espera que as portas abram, é uma completa loucura. E a verdade é que ainda não vi ninguém drasticamente mal-vestido (pelos vistos eles guardam as meias brancas e as sandálias ortopédicas para as férias no Algarve). Pelo contrário, as inglesas produzem-se todas para sair à noite, vestido ou mini-mini-saia, saltos altos, pestanas postiças, algumas com mais estilo do que outras, mas todas com vontade de (se) mostrarem.
Vejo de relance a Tower Bridge (tenho de ir com atenção à estrada antes que o chefe nos mate, ou a alguém) e o London Eye (se pudesse escolher um sítio para visitar no último dia de viagem, o único que tenho livre, era este. Eu sei que é uma heresia dizer isto, com tantos monumentos centenários e emblemáticos e que transpiram história – e que não conheço – mas pronto, era este, acho que a visão lá de cima deve ser de cortar a respiração, paciência…).







E no final do segundo dia vi finalmente (não, não foi os guardas da Rainha com os chapéus onde cabe uma avestruz – e eu sei o tamanho de uma avestruz)… o sol… e realmente, venha quem vier, a luz do sol muda tudo, enche todas as ruas de brilho e todos os edifícios de cor. Lovely.




Vamos jantar a horas decentes, e escolhemos um pub do outro lado da ponte, sempre no dá a oportunidade de andar um bocado a pé (a melhor forma de conhecer um lugar novo) e comer uma refeição decente depois dos canapés que fingiram ser o nosso almoço.
Roasted beaf com um molho espesso (divinal), vinho australiano e um cheasecake de baunilha com gelado de chocolate foram o culminar de um ia relativamente calmo, comparado com o que nos espera amanhã (e enquanto regressávamos ao hotel a falar sobre a “Anatomia de Grey” comentei que toda a gente devia pensar que éramos espanhóis ou italianos - não digo portugueses porque isso já era pedir demais - porque éramos os que falavam mais alto e com mais gestos naquela rua inteira).

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