"Passou tudo tão depressa / nunca te falei de mim / o que digo não importa / o que sinto talvez sim."
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Espírito de contradição
Numa altura em que toda a gente se começa a preocupar com a linha para caber no biquini de Verão, eu janto waffles de chocolate (suiço).
Magnólia
Lembrei-me deste filme quando saí de casa às 3 da manhã, em calças de pijama e com o primeiro casaco que apanhei do bengaleiro (dele, com o qual fiquei a parecer um pinto calçudo), e percorri as ruas vazias à procura de uma farmácia de serviço que me vendesse uns emplastros para aliviar os espasmos musculares com que ele acordou (e me acordou). Nem um carro a passar, nem sequer um cão vadio. Ninguém. Parecia que a vida tinha abandonado todos os lugares que estou habituada a ver movimentados e barulhentos.
terça-feira, 28 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
No Douro...
... deixam-nos espreitar como que vai ser um jantar numa adega de Vinhos do Porto,
... à nossa espera , uma viagem a Outros Tempos, com as suas casas de pedra recuperadas, os objectos do tempo da avozinha, a simpatia e hospitalidade dos donos e as refeições tomadas em família, na mesa comunitária...
... abrimos as cortinas da Casa do Penedo e somos invadidos por uma paz que nos chega da vista indescritível dos campos cultivados e do som do silêncio...
...e fazemos a prova de vinhos da praxe...
... à nossa espera , uma viagem a Outros Tempos, com as suas casas de pedra recuperadas, os objectos do tempo da avozinha, a simpatia e hospitalidade dos donos e as refeições tomadas em família, na mesa comunitária...
... abrimos as cortinas da Casa do Penedo e somos invadidos por uma paz que nos chega da vista indescritível dos campos cultivados e do som do silêncio...
... e não é todos os dias que temos a oportunidade de visitar uma escavação arqueológica com explicações do próprio arqueólogo-chefe (que também tem um excelente gosto para vinhos). Quem disse que os arqueólogos e historiadores são uns chatos?
... ainda é possível ver como eram construídas as casas e ruas dos nossos antepassados, e imaginar como viveríam...
... e admirar o trabalho de recuperação de quem não deixa morrer o nosso património (mesmo que isso implique combinações de cores duvidosas, para manter o traço original).
... ainda é possível ver como eram construídas as casas e ruas dos nossos antepassados, e imaginar como viveríam...
... e admirar o trabalho de recuperação de quem não deixa morrer o nosso património (mesmo que isso implique combinações de cores duvidosas, para manter o traço original).
Obrigado pelo convite.
sábado, 25 de abril de 2009
No Pinhão...
... pedimos para almoçar às 3 da tarde e aceitam com simpatia. Trazem pão e um aperitivo, alheira e vinho da casa, e sem nos perguntarem nada, trazem chanfana e ensopado de cabrito e "um bocadinho de feijoada para provarem". Tiro uma garfada da fatia de bolo borrachão dele, porque não sou capaz de comer mais.
... Entramos na Loja de Vinhos da Estação "só para ver" e saímos com uma garrafa seleccionada e velas com cheiro a magnólia e laranja (iguais às que vi depois no Museu do Douro a 31€, enquanto eu paguei 8€)
... Passeámos de mão dada pela acolhedora e bem-preservada estação de comboios...
Amanhecer violento (II)
Deixei a mala pronta, programei o despertador para as 6 da manhã, até imprimi o mail com as instruções para chegar a Armamar. Eu tentei mas o meu corpo não me obedeceu. Não me lembro de ouvir o despertador nem de o desligar, apaguei de cansaço e só às 8 e meia o senti a tocar-me de mansinho "estamos atrasados".
Já não valia a pena andar a correr, não íamos a tempo da subida do Douro, de barco, mas chegávamos a tempo do almoço. Só não esperávamos demorar 5 horas e meia para chegar a Pinhão, porque o carro lembrou-se de entrar em modo de segurança, e não passava dos 100 à hora (p#%$ da centralina!).
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Está mal!!!
Chega uma pessoa a casa cansada mas cheia de histórias para contar e mimos para pedir, porque "alguém tem de levar esta casa para a frente", e este gajo está cheio de sono porque andou a fazer mato até às 4 e meia da manhã?!?!
(Só me apetece ir devolver a garrafa de Jim Bean).
Momento (LXI)
A rapariga sentada ao meu lado no comboio, de fato cinzento às riscas e caracóis escuros, pede-me para ler o conto do postal que me serve há mais de 10 anos como marcador de livros.
Devolve-mo a sorrir. Retribuo o sorriso e digo-lhe que é bom acreditar em alguma coisa.
Na Suíça...
... cada casa conta uma história, cada janela espreita um segredo...
... cada recanto clama por um olhar atento, pede atenção e tempo...
... cada recanto clama por um olhar atento, pede atenção e tempo...
... e cada prato é uma tentação (e uma bomba calórica também). Em todos os sítios onde comi (mesmo na cantina da Feira e numa área de serviço) os pratos eram deliciosos e apresentados sempre de uma forma cuidada e harmoniosa.
Não pude evitar pensar em como gostava de partilhar estes momentos com ele, sei que ía delirar com os cheiros e sabores.
Não pude evitar pensar em como gostava de partilhar estes momentos com ele, sei que ía delirar com os cheiros e sabores.
É sem dúvida um sítio onde tenho de voltar, com calma, com tempo, e com boa companhia, porque "a felicidade só é real se fôr partilhada" .
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Ossos do ofício (VII)
O último dia de Feira foi o mais produtivo mas também o mais doloroso, e eu maldizi cada uma das horas que passei em cima dos saltos. No final, depois de distribuirmos lembranças e amostras por todos os outros stands (il's ont été enchantés avec le stand des produits portugais), e de desmontarmos tudo, sentei-me em cima de uma paletes de madeira, cheia de vontade de chorar com os pés a latejar de dores.
O jantar fez-me esquecer tudo, e gravei o nome como mais uma paragem obrigatória num próximo regresso, de preferência de férias. Ficámos a apreciar calmamente as três entradas, o prato principal (bife de vaca, claro!) e a sobremesa divinal (que eu não fotografei para não parecer uma pindérica), até o empregado (português) nos avisar polidamente que eram horas de fechar (11.30 hrs em ponto!).
O jantar fez-me esquecer tudo, e gravei o nome como mais uma paragem obrigatória num próximo regresso, de preferência de férias. Ficámos a apreciar calmamente as três entradas, o prato principal (bife de vaca, claro!) e a sobremesa divinal (que eu não fotografei para não parecer uma pindérica), até o empregado (português) nos avisar polidamente que eram horas de fechar (11.30 hrs em ponto!).
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Ossos do ofício (VI)
De Fribourg só vi o hotel (Ibis, para tomar um banho e dormir 4 horas e meia chega perfeitamente). Como não havia quartos para todos, dois colegas tiveram a "maçada" de ir dormir ao Motel de Gruyère, com uma vista estupidamente magnífica sobre o lago (rai's os partam!).
Sinto-lhe a falta, de lhe contar como correu o meu dia, da voz dele.
Acabamos o dia no Chalet de Gruyére, um restaurante no interior dos domínios do castelo, um lugar de conto de fadas onde os nossos trajes e ritmos destoam (bem como a galeria de arte cheia de obras hediondas inspiradas no Alien vs Predator). E depois do fondue de queijo moitié-moitié e da raclette com carne seca, ainda tive coragem para uma taça de framboesas com creme.
Levanto-me às 6 da manhã, o que me permite tomar o pequeno-almoço no mais completo sossego, sozinha junto a uma janela ladeada por vasos de flores mimosas.
A Feira começa e passado uma hora já consigo fazer-me compreender em francês, o que é um feito para quem não falava uma palavra desde que terminou o liceu.
Mais difícil do que treinar a língua foi aguentar o dia todo as botas de salto alto que a je (esperta!) achou que eram as mais confortáveis e que não valia a pena ir carregada com sabrinas!
Saímos da feira mais cedo para ir fazer prospecção de mercado (aka espionagem) e aproveito para comprar queijos (6 variedades diferentes para ele se deliciar, e que me vão encher a mala de um cheiro a chulé que me vai perseguir como uma peste, na viagem de regresso) e chocolates (para oferecer no escritório e para oferecer a mim própria, claro). Escolho uma tablete de chocolate negro, porque sei que é o que ele mais gosta.Mais difícil do que treinar a língua foi aguentar o dia todo as botas de salto alto que a je (esperta!) achou que eram as mais confortáveis e que não valia a pena ir carregada com sabrinas!
Sinto-lhe a falta, de lhe contar como correu o meu dia, da voz dele.
Acabamos o dia no Chalet de Gruyére, um restaurante no interior dos domínios do castelo, um lugar de conto de fadas onde os nossos trajes e ritmos destoam (bem como a galeria de arte cheia de obras hediondas inspiradas no Alien vs Predator). E depois do fondue de queijo moitié-moitié e da raclette com carne seca, ainda tive coragem para uma taça de framboesas com creme.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Ossos do ofício (V)
19º. Sol quente que torna as cores mais vivas. Não admira que a paisagem esteja cheia de vacas e póneis. Há relva verde por todo o lado, encostas verdejantes que só acabam lá em cima, nos cumes que ainda não perderam as neves da semana passada. A Suíça é tal como nas fotografias dos postais!
Ao anoitecer não resisto à praça cheia de charme, e antes de seguirmos para Châtel-Saint-De.nnis, quero imortalizar este lugar onde o tempo parece ter sido esquecido.
Sou a mais nova do grupo, outra vez. Sinto-me deslocada e pequenina quando os ouço a falar das viagens que fizeram, Luanda, Mali e Senegal; dos negócios com o Irão e Moçambique; ou que "em Março visitei Suíça, Inglaterra, Estónia e Suécia, e já cá estou outra vez" (e só no dia seguinte reparei, com enorme espanto, que a senhora não consegue articular uma frase em francês...).
Sou a única estreante, e envergonho-me a ponto de deixar a máquina fotográfica quieta no fundo do bolso, mesmo quando passamos pelas belíssimas margens do Lago Léma.n e pela pequena e acolhedora vila de V.evey, com os seus edifícios típicos e bem conservados.Ao anoitecer não resisto à praça cheia de charme, e antes de seguirmos para Châtel-Saint-De.nnis, quero imortalizar este lugar onde o tempo parece ter sido esquecido.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
O poder da música
"Vê este filme, vais adorar!!"
(a nossa Paula conhece-me tão bem...)
"August's Rhapsody"
August Rush OST
(a nossa Paula conhece-me tão bem...)
"August's Rhapsody"
August Rush OST
Momento (LVV)
Na sexta-feira mostrei-lhe isto, sabia que ele se ía sentir tocado pela mensagem.
Hoje, ao passar em frente à porta da sala ouço a mesma música de piano e sorrio-lhe porque reconheço imediatamente o que ele está a ver.
- É para me lembrar que o carro não é assim tão importante...
- É para me lembrar que o carro não é assim tão importante...
Afinal é por isto...
Durante toda a minha vida pensei que o pessoal do TT deixava ficar os autocolantes nos jipes como prova de participação, para coleccionar ou para fazer inveja aos amigos "rasteirinhos".
Hoje descobri(mos) que não, não tem nada a ver, os autocolantes ficam porque quando os tentam tirar das portas vêm bocados da pintura agarrados.
Hoje descobri(mos) que não, não tem nada a ver, os autocolantes ficam porque quando os tentam tirar das portas vêm bocados da pintura agarrados.
Fazer mato (III)
O que é que uma pessoa faz num sábado cinzento e chuvoso? Ficar a ronhar na cama até lhe doerem todos os músculos do corpo? Pijamar no sofá enrolada numa manta a ver filmes uns atrás dos outros enquanto devora um balde de pipocas? Qualquê, vai à procura de lama, pois claro!
O C. prometeu e cumpriu, e fomos com eles para o que devia ser um passeio turístico pela lezíria.
Quem passava na estrada nacional no Carregado devia pensar que havia alguma campanha especial de liquidação de stocks, todos alinhados antes de iniciar o percurso de 30 km com navegação por roadbook (uma novidade para mim, mas que ele já conhecia do Lés-a-Lés).
A hora e meia que demorou a inscrição dos mais de 130 jipes ainda deu para passar pelas brasas depois do almoço, e mesmo com "pneuzinhos de ir ao morango" fizémos o mesmo que os outros, excepto as escapatórias radicais, que com a lama acumulada eram proibitivas até para alguns audazes e artilhados.
Mesmo assim não escapámos a troços onde os sulcos cravados eram tão fundos que o jipe roçava com a "barriga" no chão, e os pneus escorregavam como se estivéssemos a andar em cima de óleo, e a traseira dançava e sacudia, enquanto eu agarrava com força a pega por cima da porta e ele manobrava com força e engenho o volante, impedindo-nos de bater numa árvore ou resvalar para dentro de uma vala.
A paragem para o lanche numa tenda montada na margem de uma lagoa (não sei o nome, infelizmente, mas é um lugar espectacular) foi rápida, e não deu para apreciar devidamente a paisagem à nossa volta, que era belíssima apesar das cores pálidas pela chuva miudinha que não parou de cair durante toda a tarde. Ao ver as sandes e miniaturas de bolos de pastelaria em cima das mesas não pude deixar de fazer uma comparação com o Gavião (os alentejanos tratam-se muito melhor).
Na segunda parte do percurso fui controlando melhor a adrenalina misturada com receio, não pela perícia do condutor, mas sim pelos pneus nada apropriados para estes delírios; e foi muito bom sentir o cheiro a terra molhada e a eucaliptos (quando podia abrir um pouco a janela sem o risco de levar com salpicos de lama na testa), e apreciar as quintas com os seus campos de vinhas e rebanhos...
... e os campos de relva brilhante a perder de vista, onde só me apetecia desatar a correr de braços abertos...
No final do dia, depois de termos acabado entre os primeiros lugares (sempre em equipa), de termos jantado rapidamente (não se pode esperar que a comida seja boa quando é feita para 300 pessoas), a tempo de ainda ver chegar os últimos jipes (a reboque), e de termos preferido (e com toda a razão) um chá e um filme ao karaoke, posso afirmar com convicção que prefiro lama do que pó (e a seguir é areia...).
O C. prometeu e cumpriu, e fomos com eles para o que devia ser um passeio turístico pela lezíria.
Quem passava na estrada nacional no Carregado devia pensar que havia alguma campanha especial de liquidação de stocks, todos alinhados antes de iniciar o percurso de 30 km com navegação por roadbook (uma novidade para mim, mas que ele já conhecia do Lés-a-Lés).
A hora e meia que demorou a inscrição dos mais de 130 jipes ainda deu para passar pelas brasas depois do almoço, e mesmo com "pneuzinhos de ir ao morango" fizémos o mesmo que os outros, excepto as escapatórias radicais, que com a lama acumulada eram proibitivas até para alguns audazes e artilhados.
Mesmo assim não escapámos a troços onde os sulcos cravados eram tão fundos que o jipe roçava com a "barriga" no chão, e os pneus escorregavam como se estivéssemos a andar em cima de óleo, e a traseira dançava e sacudia, enquanto eu agarrava com força a pega por cima da porta e ele manobrava com força e engenho o volante, impedindo-nos de bater numa árvore ou resvalar para dentro de uma vala.
A paragem para o lanche numa tenda montada na margem de uma lagoa (não sei o nome, infelizmente, mas é um lugar espectacular) foi rápida, e não deu para apreciar devidamente a paisagem à nossa volta, que era belíssima apesar das cores pálidas pela chuva miudinha que não parou de cair durante toda a tarde. Ao ver as sandes e miniaturas de bolos de pastelaria em cima das mesas não pude deixar de fazer uma comparação com o Gavião (os alentejanos tratam-se muito melhor).
Na segunda parte do percurso fui controlando melhor a adrenalina misturada com receio, não pela perícia do condutor, mas sim pelos pneus nada apropriados para estes delírios; e foi muito bom sentir o cheiro a terra molhada e a eucaliptos (quando podia abrir um pouco a janela sem o risco de levar com salpicos de lama na testa), e apreciar as quintas com os seus campos de vinhas e rebanhos...
... e os campos de relva brilhante a perder de vista, onde só me apetecia desatar a correr de braços abertos...
No final do dia, depois de termos acabado entre os primeiros lugares (sempre em equipa), de termos jantado rapidamente (não se pode esperar que a comida seja boa quando é feita para 300 pessoas), a tempo de ainda ver chegar os últimos jipes (a reboque), e de termos preferido (e com toda a razão) um chá e um filme ao karaoke, posso afirmar com convicção que prefiro lama do que pó (e a seguir é areia...).
sábado, 18 de abril de 2009
Imitação
Não posso ver nada, eu... O blog dela ficou tão giro que eu quis fazer o mesmo. Nem sabia que era possível ir além das (poucas e fraquitas) hipóteses que o Blogger tem disponíveis.
Apesar de continuar a gostar de ambientes clean e puros, já estava a precisar de um pouco mais de alegria (também) aqui. E agora que descobri um mundo novo, vou poder mudar sempre que me der na real gana.
Apesar de continuar a gostar de ambientes clean e puros, já estava a precisar de um pouco mais de alegria (também) aqui. E agora que descobri um mundo novo, vou poder mudar sempre que me der na real gana.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Sorrir
Roberto Benigni não é bonito nem tem charme (então de ceroulas e meias, credo), mas tem um sorriso encantador e fala de amor de uma forma tão singela e bonita que é impossível de ver sem um sorriso nos lábios.
Porque amor também é esperança e poesia.
Tom Waits
"You can never hold back Spring"
La Tigre e La Neve OST
Porque amor também é esperança e poesia.
Tom Waits
"You can never hold back Spring"
La Tigre e La Neve OST
Deixar correr
"Senta-te calmamente por agora e pára de participar. Observa o que acontece. Afinal, os pássaros não caem a meio do voo, as árvores não secam e morrem, os rios não ficam vermelhos de sangue. A vida continua. (…) por que razão tens tanta certeza que a tua microgestão de todos os momentos é assim tão essencial para o mundo inteiro? Porque não deixas apenas correr as coisas?”
In: Comer, Orar, Amar
In: Comer, Orar, Amar
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ouvir e sentir (LV)
Porque também eu me comovo por tudo e por nada.
E porque me lembrou que nunca é tarde para concretizar um sonho.
Susan Boyle on Britains got Talent
"I dreamed a dream"
Les Miserables OST
E porque me lembrou que nunca é tarde para concretizar um sonho.
Susan Boyle on Britains got Talent
"I dreamed a dream"
Les Miserables OST
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Desalento
Não era isto que eu estava à espera, não era por isto que eu ansiava há mais de um mês. Quando ouvi a voz da médica, respirei de alívio por breves segundos, mas as palavras que eu queria ouvir não eram aquelas, nunca me passou pela cabeça que fosse pedir para ele ir repetir exames porque "há divergências nos resultados". O choque foi imenso, de tão inesperado, para mim o pior que podia acontecer (e ainda pode), mas que eu nem sequer considerava como hipótese, era informarem-me que o pedido de tratamento tinha sido recusado. Mas isto? Novos exames? Mais tempo de espera? Não, isto não estava nos planos, isto arrasou comigo, ainda não tinha desligado o telemóvel e já estava a chorar convulsivamente, "quanto mais tempo é que eu vou ter de esperar?... não é justo..." e a A. a afagar-me as costas porque não havia mais nada a fazer, e eu a fazer contas, mesmo que ele vá fazer a recolha esta semana, o resultado demora 3 semanas, depois tenho de ligar para a médica levar novamente o processo a aprovação da Direcção Médica, mais um mês e meio, só em Junho é que nos dão uma resposta, depois temos de esperar mais dois a três meses para o início do tratamento, mas apanha a altura de férias, provavelmente só começa em Outubro, e em Outubro faz 4 anos que decidimos ter um filho, 4 anos disto, de espera, não digo de desespero porque ainda não cheguei a esse ponto, choro a minha dor e sigo em frente, mas 4 anos é muito tempo e cada mês que passa custa mais a passar.
Marketa Irglova
"The Hill"
Once OST
Marketa Irglova
"The Hill"
Once OST
domingo, 12 de abril de 2009
A simplicidade da beleza
sábado, 11 de abril de 2009
Segredar
A ideia é contar os meus segredos de beleza. Eu avisei que ía ser uma lista longa, que tanta beleza junta não pode ser natural, mas ninguém me quis ouvir, por isso aqui vai:
1. De manhã lavo a cara com a espuma de limpeza da Diadermine, porque adoro a textura e o cheiro.
2. Não saio de casa (literalmente) sem pôr creme na cara e base nos pontos críticos (i.e. olheiras e borbulhas, quando as há). E perfume, sempre.
3. Gosto de maquilhagem, e quase todos os dias uso sombra e lápis de olhos (em cores a combinar com a roupa) e máscara de pestanas preta.
4. Não uso batom nem gloss habitualmente, porque sou alérgica (com muita pena minha e dos 17 batons que estão esquecidos dentro de uma gaveta), mas ultimamente ando viciada num batom para o cieiro com manteiga de karité, da Yves Rocher, que tem um cheiro e um sabor deliciosos.
5. Isto eu não faço, mas devia fazer: uma vez por semana, pôr máscara hidratante no cabelo, apanhá-lo com uma mola e deixar ficar durante uma hora ou mais (enquanto faço a limpeza da casa, por exemplo).
6. De vez em quando faço uma máscara de limpeza para o rosto, e isto só é um segredo de beleza porque a máscara é um gel transparente, e assim ele não se ri (tanto) se me vir.
7. Posso estar a cair de sono, mas não me deito sem limpar a cara com uma toalhita desmaquilhante.
De fora ficam as 2 rinoplastias, os implantes de silicone (em dois sítios diferentes), a cabeleira postiça ruiva e as lentes de contacto azuis.
1. De manhã lavo a cara com a espuma de limpeza da Diadermine, porque adoro a textura e o cheiro.
2. Não saio de casa (literalmente) sem pôr creme na cara e base nos pontos críticos (i.e. olheiras e borbulhas, quando as há). E perfume, sempre.
3. Gosto de maquilhagem, e quase todos os dias uso sombra e lápis de olhos (em cores a combinar com a roupa) e máscara de pestanas preta.
4. Não uso batom nem gloss habitualmente, porque sou alérgica (com muita pena minha e dos 17 batons que estão esquecidos dentro de uma gaveta), mas ultimamente ando viciada num batom para o cieiro com manteiga de karité, da Yves Rocher, que tem um cheiro e um sabor deliciosos.
5. Isto eu não faço, mas devia fazer: uma vez por semana, pôr máscara hidratante no cabelo, apanhá-lo com uma mola e deixar ficar durante uma hora ou mais (enquanto faço a limpeza da casa, por exemplo).
6. De vez em quando faço uma máscara de limpeza para o rosto, e isto só é um segredo de beleza porque a máscara é um gel transparente, e assim ele não se ri (tanto) se me vir.
7. Posso estar a cair de sono, mas não me deito sem limpar a cara com uma toalhita desmaquilhante.
De fora ficam as 2 rinoplastias, os implantes de silicone (em dois sítios diferentes), a cabeleira postiça ruiva e as lentes de contacto azuis.
Ternura (IV) *
* ou mais uma sessão de terapia.
Cafezinho com a P. que faz anos hoje. A princesa ao meu colo, cheia de sono. Muito quieta a tapar os olhos, como ela gosta de adormecer. "Queres ficar com ela um pouco, vimos buscá-la mais logo?" Claro que quero!
Já lhe dei bolacha Maria. E agora está deitada no sofá ao meu lado, a lutar com a almofada, a bater com os pés freneticamente na minha perna, a agarrar a minha mão e cravar-me as unhas fininhas nos dedos, a tapar e destapar a cara com a minha echarpe. Está perdida de sono, mas não quer dormir. Entretém-se com os próprios pés e de vez em quando olha para mim pelo canto do olho, para confirmar que ainda aqui estou. Nem um choro, nem um beicinho, nem uma birra.
Aconchego-a no meu colo. Começo a ouvir a respiração mais pesada. Ainda não passaram dois minutos e já está a dormir profundamente.
Cafezinho com a P. que faz anos hoje. A princesa ao meu colo, cheia de sono. Muito quieta a tapar os olhos, como ela gosta de adormecer. "Queres ficar com ela um pouco, vimos buscá-la mais logo?" Claro que quero!
Já lhe dei bolacha Maria. E agora está deitada no sofá ao meu lado, a lutar com a almofada, a bater com os pés freneticamente na minha perna, a agarrar a minha mão e cravar-me as unhas fininhas nos dedos, a tapar e destapar a cara com a minha echarpe. Está perdida de sono, mas não quer dormir. Entretém-se com os próprios pés e de vez em quando olha para mim pelo canto do olho, para confirmar que ainda aqui estou. Nem um choro, nem um beicinho, nem uma birra.
Aconchego-a no meu colo. Começo a ouvir a respiração mais pesada. Ainda não passaram dois minutos e já está a dormir profundamente.
Terapia de choque (II)
Conversas no carro (IV)
Esta manhã os papéis inverteram-se, saímos de casa ainda meio a dormir, e quando comecei a falar notei a cara dele a contorcer-se com o som da minha voz.
- Ok, eu não digo mais nada. Compreendo o teu sofrimento (e afago-lhe a perna, porque sei o que custa). Vamos tomar o pequeno almoço ao Pingo Doce e depois falamos.
- Tu queres é ir comer aquele bolo de chocolate! Eu não consigo falar mas ainda consigo pensar.
(serei assim tão transparente?)
- Ok, eu não digo mais nada. Compreendo o teu sofrimento (e afago-lhe a perna, porque sei o que custa). Vamos tomar o pequeno almoço ao Pingo Doce e depois falamos.
- Tu queres é ir comer aquele bolo de chocolate! Eu não consigo falar mas ainda consigo pensar.
(serei assim tão transparente?)
O que eu tenho de ouvir (II)
- O Google Reader é excelente, ficamos sempre a saber quando há posts novos. E tu, não tens blogs que vais seguindo?
- Não.
- A sério?
- Os blogs da Playboy e da Hustler são pagos...
- Não.
- A sério?
- Os blogs da Playboy e da Hustler são pagos...
sexta-feira, 10 de abril de 2009
De Santa não teve nada...
Sexta-Feira Santa, feriado religioso para lembrar o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus. Confesso que não me identifico com os simbolismos e significados desta quadra. E confesso que esta sexta feira foi tudo menos santa, com almoço no Tra para comemorar o nascimento da E., minúscula, cabeluda e sossegada, mais uma princesa para a minha colecção de sobrinhas.
Arroz de lampreia e frango assado, muitos doces e bolos, muito vinho. Só bebi sumo, estranhamente. Minto, bebi um licor para brindar com o Z., um brinde só nosso "À tua filha!" "E à vossa. Quando Deus quiser." Mais uma vez a minha sensibilidade se manifestou nos meus olhos, e mais uma vez controlei o impulso das lágrimas, um momento esquecido num dia que foi de alegria e convívio de gerações.
Depois do almoço os pais levaram os putos para brincar.
Fui com a S. para casa dos nossos sogros, para poder dar de mamar descansada à pequena estrela, que já choramingava de fome (sim, que aquilo nem é chorar). No silêncio da sala houve tempo para ouvir toda a história do nascimento, como correu, o que sentiu, as conversas das enfermeiras, os primeiros dias em casa, as caretas... E eu ouvi tudo com uma imensa serenidade, queria (quero) uma história feliz assim, queria aprender, saber o que se sente, o que se deve fazer e o que dizem para fazer mas afinal não resulta.
E foi com esta serenidade e alegria pela felicidade deles que passei o resto do dia, porque ver a forma como olham para a filha e falam dela é de uma beleza enternecedora.
Arroz de lampreia e frango assado, muitos doces e bolos, muito vinho. Só bebi sumo, estranhamente. Minto, bebi um licor para brindar com o Z., um brinde só nosso "À tua filha!" "E à vossa. Quando Deus quiser." Mais uma vez a minha sensibilidade se manifestou nos meus olhos, e mais uma vez controlei o impulso das lágrimas, um momento esquecido num dia que foi de alegria e convívio de gerações.
Depois do almoço os pais levaram os putos para brincar.
Fui com a S. para casa dos nossos sogros, para poder dar de mamar descansada à pequena estrela, que já choramingava de fome (sim, que aquilo nem é chorar). No silêncio da sala houve tempo para ouvir toda a história do nascimento, como correu, o que sentiu, as conversas das enfermeiras, os primeiros dias em casa, as caretas... E eu ouvi tudo com uma imensa serenidade, queria (quero) uma história feliz assim, queria aprender, saber o que se sente, o que se deve fazer e o que dizem para fazer mas afinal não resulta.
E foi com esta serenidade e alegria pela felicidade deles que passei o resto do dia, porque ver a forma como olham para a filha e falam dela é de uma beleza enternecedora.
Quebrar
Desde ontem que ando assim, quebrei-me a chorar no escritório, ao ponto de as minhas colegas de sala largarem tudo e, aflitas, já me perguntarem se o meu pai estava de novo no hospital. Uma sensibilidade extrema que me faz chorar por tudo e por nada. Esta manhã outra vez, não foi nada de jeito, pois não, mas também não era razão para eu ter vontade de chorar. Mas tive, imensa vontade de chorar, e não compreendo porquê. Não me sinto triste, a sério que não, nem angustiada, nem ansiosa... um pouco ansiosa, vá... deviam ter ligado do hospital até ao final do mês, e ainda não ligaram.
No carro conto-lhe, não para preocupá-lo, mas só para que saiba o que estou a sentir. A frase "Não te deixes ir abaixo. Senão vamos os dois." mostra-me que não estou sozinha. Mas também me mostra que, como sempre, tenho de ser forte não só para mim mesma, mas também para os outros.
No carro conto-lhe, não para preocupá-lo, mas só para que saiba o que estou a sentir. A frase "Não te deixes ir abaixo. Senão vamos os dois." mostra-me que não estou sozinha. Mas também me mostra que, como sempre, tenho de ser forte não só para mim mesma, mas também para os outros.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Momentos (LVIX)
Pizzas e sofá. James Bond e manta quentinha. Zapping depois do filme. Começar a ver o Instinto Fatal. Adormecer a ver o Instinto Fatal. Aconchegada nos braços dele. E enrolada na manta. Resmungar quando ele me abana ao de leve para me ir deitar. O frio dos lençóis e o calor da pele dele.
O futuro
"(...) é impossível predizer o futuro com qualquer grau de precisão, (...) é impossível ensaiar a vida. Uma falta no cenário, um rosto na audiência (...) e todos os nossos gestos cuidadosamente planeados nada significam ou significam muito."
In: Um quarto com vista
(mas eu queria tanto acreditar no tarot...)
In: Um quarto com vista
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