A magia de vasculhar gavetas é que se encontra sempre algum tesouro esquecido. Tinha trazido estes envelopes de tecido bordados pela mãe, juntamente com o pano que lhe ofereci emoldurado. São porta-talheres, que ela fez para o seu enxoval, um para ela, outro para o pai. A minha ideia era também mandar emoldurá-los e oferecer-lhe quando eles fizessem 35 anos de casados. Não chegaram a fazer, e guardei-os no fundo da gaveta dos papéis e laços de embrulhos.
Talvez um dia mais tarde siga avante com o plano, quando as saudades já não verterem lágrimas.
(Sinto a tua falta. Porque sinto que ninguém me compreende. Tu talvez também não compreendesses. Mas ouvias-me sempre.)
Não acredito que ninguém te compreenda minha querida;por vezes ao tentarmos minimizar a dor dos outros é fazermo-nos de desentendidos.
ResponderEliminarUm abraço