A Nônô lá se decidiu, escolheu a semana de férias da madrinha para nascer, foi só tomar um banho e enfiar-me no primeiro comboio assim que o puto grande telefonou (o DJ está sem travões, é como a dona, e não arrisco pegar nele antes de ir à oficina).
Cheguei a tempo de ver a C. antes de ser chamada para dentro, para aquela ala onde só quem lá está sabe o que lá se passa; e de beijar o meu irmão antes de ser também chamado para a sala de todos os medos e todos os anseios, há dez minutos atrás.
E aqui estou eu, sentada numa sala de espera superlotada e sobreaquecida, ao lado da mãe da C. (e agora bem podia começar aqui a analisar a falta de condições, isto é a MAC, pelo amor da santa, até o Hospital de Abrantes tem melhores condições, como uma sala de espera própria para a grávida e o pai, silenciosa e com sofás confortáveis, aqui está tudo ao molho, as grávidas que entram e saem, os acompanhantes, as crianças que choram saturadas das horas de espera, o avô cigano que está com uma bebedeira tão descomunal que não se consegue suster de pé, e o resto da família que abana a máquina de vending para ver se cai qualquer coisa. Mas não vale a pena...).
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