sábado, 10 de outubro de 2009

Ossos do ofício (XI)

Não me adianta de nada maldizer a alminha que marcou o voo das 6 da manhã, porque fui eu.
Chego ao aeroporto pouco depois das 4, bebo o primeiro café de vários e estranho ver aquele espaço tão vazio. Lembro-me das horas infindáveis que passei aqui quando tinha 4, 5, 6 anos e os voos atrasavam de uma forma desesperante. Até avistarmos o meu pai ao fundo do corredor das chegadas, e corrermos para ele a extravasar toda a saudade acumulada por meses de ausência.
Vejo nascer o sol algures por cima de Espanha porque já não consigo dormir.

Em Mun.ique temos tempo para um cheesecake com melhor aspecto do que sabor...

... e saímos em Co.lónia directamente para a Feira, onde o resto do dia é passado a palmilhar quilómetros.
Quando finalmente chegamos ao hotel em Duss.eldorf confirmo o que já me tinham dito: é um típico hotel alemão. Está limpo e tem o essencial? Sim. É agradável? Não. Mas para tomar um banho quente e dormir umas horas chega bem.

Desta vez tenho a R. e o Sr. E. comigo, o que é muito reconfortante porque não era capaz de andar por estes corredores de penumbra sozinha.
Descobrimos o caminho até à zona antiga cheia de ruas largas cortadas ao trânsito e ladeadas por bonitas esplanadas, iluminadas por lâmpadas coloridas e velas nas mesas. Nota-se que é sábado à noite, isto parece o Bairro Alto, com grupos de pessoas (na maioria jovens e trintões) de cerveja na mão. Jantamos na Brauerei Shumacher uma típica salsicha alemã com salada de batata e couve-flor gratinada, acompanhada de cerveja directamente do barril. Era capaz de me habituar a isto (e ficar redonda, mas isso agora não interessa). Faltou o apple strudel com gelado, porque quando quisémos pedir sobremesa (o empregado tinha desaparecido há meia hora), informaram-nos que a cozinha tinha fechado... há dois minutos.

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