domingo, 7 de setembro de 2008

Contrastes...

... entre um sábado de sossego e calma (just for girls), e um domingo de completa agitação e cansaço.
O plano estava traçado e foi cumprido à risca: sábado de manhã pegámos no B. e no P. e arrancámos de novo para o Furadouro, pela última vez (pelo menos este ano), sem os fatos de banho mas com vontade de aproveitar a companhia dos amigos. O P. ía um pouco nervoso por fazer a viagem tão "rasteirinho" (pudera, está habituado ao Frontera) e ainda por cima à pendura. Depois de passar algum tempo a analisar a condução dele, descontraiu.

Depois de um típico rodízio brasileiro num restaurante que o outro B. (mania de terem todos o mesmo nome) e a P. descobriram atrás do sol posto, sabíamos que íamos ficar sozinhas (só com o pequeno D. como companhia, puto que acha que já é grande, mas não deu muito trabalho) até ao dia seguinte. Eles fizeram-se à estrada, direitos a Ponte de Lima, para assistir ao Rainforest Portugal.
Nós fomos assofar até nos doer as costas, cada uma com o seu livro, cada uma a fazer comentários esporádicos, cada uma a saborear o sossego e o silêncio. depois do jantar a vontade de sair não era muita, mas o apelo para ir comer uma tripa foi mais forte. Bem me lixei, a combinação de chocolate com caramelo não me caiu bem, e passei o resto da noite a água com gás (ninguém me manda ter mais olhos que barriga).
Perto das quatro da manhã, depois de três episódios de CSI e de eu ter acabado o meu livro, ligámos para eles a desejar boa noite. Apesar de terem levado sacos-cama, andavam à procura de uma pensão para dormir (eles não admitiram, mas devem ter apanhado tanto frio enquanto viam as provas!!). Uma hora e meia depois aparecem em casa, o tipo da pensão (rasca, muito rasca) pediu-lhes cinquenta euros por quarto, e eles mandaram-no $%#$%#$ no %$. Áquela hora ainda ficaram pela sala a comer percebes e a contar à P. o encontro imediato de terceiro grau com o o Sr. Pimenta. Eu nem me levantei, para que a fama que tenho (que o meu espírito demoníaco se solta violentamente quando me acordam) não fosse comprovada ao vivo e a cores.
Passadas poucas horas estava tudo levantado e pronto para ir palmilhar kilometros para o Porto.

Estacionámos o carro num bairro tão manhoso que a primeira coisa que ele disse quando nos afastámos foi "não tarda nada e as nossas jantes já estão vendidas". Descemos até ao rio, do lado de Gaia, procurámos um bom sítio, dentro do possível, no meio dos milhares de pessoas com bocados de cartão amarelo enfiados nas cabeças, e outras tantas vestidas como se fossem para a missa de domingo (quem é que vai para o RedBull Air Race de saltos altos, ou vestida de Dolce & Gabbana - imitações cof, cof - dos pés à cabeça?).

O B., como sempre, encontrou o spot ideal: Magreb Tea House, com cerveja a cinquenta cêntimos (ao contrário do euro e meio que toda a gente pedia de uma forma vergonhosa por uma garrafa de água de 0.33 cl, do LIDL) e sanduiches de pão pita comidas enquanto víamos as provas num ecrã gigante dentro do bar, sentados em almofadões colocados em cima dos tapetes marroquinos.

Bastava vir à porta para vê-los na manobra do looping (não sei se é o nome correcto, paciência) a uma velocidade tão vertiginosa que mal os conseguíamos fotografar. Mas fora a sensação da velocidade real a que eles andam, e o barulho dos motores, que não se vê na televisão, nada mais é apelativo o suficiente para eu lá voltar para o ano. É como ir ao Moto GP no Estoril: vivi a experiência uma vez, achei engraçado, mas não mais do que isso, e a ideia de repetir não me seduz. Se lá voltar será com um plano mais elaborado que inclua almoço numa sala do primeiro andar com vista para o rio.

(E quando voltámos as jantes ainda lá estavam).

2 comentários:

  1. Palavra que gostei dessa do Magreb Tea House. Vou anotar!

    Bjs

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  2. Olha que vale muito a pena, e também tem restaurante no primeiro andar, mesmo em frente ao rio, junto à ponte de D. Luis.

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