Acabaram-se as noites até às 4 (ou 5) da manhã, acabaram-se as manhãs na cama, as refeições sem horários. Acabou a anarquia. As férias já acabaram.
A verdade é que não foram nada de jeito. Começaram de forma promissora, mas a alegria desvaneceu-se num puff (um grande puff...). É assustador como uma notícia pode alterar drasticamente o humor e acabar com o entusiasmo dos planos feitos (porque eu deixo, eu sei, mas ainda não sou assim tão forte). Senti falta dos mergulhos no mar. De passear por ruas desconhecidas. Das noites longas com amigos, música e copos. Até das bolas de berlim na praia.
Não tenho apreciado os pequenos momentos memoráveis. Se "a beleza está nos olhos de quem vê", eu perdi a minha beleza algures pelo caminho. Juntamente com a vontade de conversar. Entretanto voltei a procurá-las. O silêncio é sempre mais fácil enquanto escape e disfarce. Mas não deve ser mantido para não correr o risco de esquecer as palavras. As que têm significado, as que devem ser recordadas mais tarde. As outras resumem-se aos factos registados em rascunhos devidamente datados. Assim ficarão. Até um dia. Até ao dia.
Tenho-me lembrado várias vezes da A., que aconselhava a filha a dormir um pouco quando ela se queixava de dor de barriga. Dizia sempre que as dores passam durante o sono. Dormi muito estas férias. Acho que foi o que mais fiz nas últimas duas semanas.
(E se tivesse dois palmos de testa era isso mesmo que ía fazer agora, porque amanhã é dia de trabalho...)
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