Depois de nos despedirmos com sushi e a descontração dos que sabem que quatro dias passam a correr, sentei-me no sofá a conversar com o puto grande, com a L. adormecida no meu colo, mais comprida e mais pesada (só ainda não tem mais cabelo) e fiquei a admirar-lhe as bochechas redondas, as preguinhas de pele dos pulsos, a boca pequena a empurrar a chucha, as mãos fechadas a esfregarem os olhos. Vejo-lhe as feições mais acentuadas e penso, como a minha mãe, que estou a perder as gracinhas, a definição da personalidade, que não partilho as alegrias e não estou lá nos momentos difíceis.
Cada vez que a tenho nos braços não é para matar saudades. É para aumentar ainda mais as saudades que vou ter a seguir. A distância é uma merda.
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