segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Passar o tempo

Tenho andado ocupada. A fazer mantas de lã. Uma em tons de azul para um menino que não sei quem será. Outra em tons de amarelo e roxo para a L. que se está a preparar para nascer mais cedo, desconfio. Ontem a C. viu-a pela primeira vez, quando vieram cá a casa jantar queijo picante mal-cheiroso e arroz de peixe, e disse que gostava das cores. Sorri mas não revelei que é para a ginasta olímpica que ela traz dentro da barriga cada vez mais redonda.
Tenho andado entretida. A ver filmes (acabei agora o Principe da Pérsia - é giro mas não passa disso). Entre comédias românticas e filmes antigos, venha o diabo e escolha, porque já há poucos que me arranquem suspiros. Este foi o último a consegui-lo. E tenho pena, muita pena,  porque adoro ver um filme que me mexa com as emoções e me deixe a pensar nele horas, dias depois de ter terminado. Se os novos não o conseguem, tenho de me virar para os velhos, a lista sagrada dos "A repetir", está visto.
Tenho andado distraída. A procurar músicas no Youtube e trailers de filmes. A acompanhar os 64 blogs do Google Reader (fora os da barra ali do lado). A aproveitar o silêncio da casa e o conforto da manta no sofá. Para acabar ía escrever "A tomar calmantes" só pela piada, porque é mesmo uma piada que aquilo não me faz nada, quer dizer, nada do que é costume associar a calmantes, não me dá pedradas de sono - ontem obriguei-me a ir para a cama já passava da uma da manhã - nem me diminui a capacidade de raciocínio - mais do que já é normal, está claro. Só noto que tenho a respiração mais compassada, sem aqueles acessos repentinos de falta de ar que me obrigavam a inspirar fundo vezes seguidas. E também me passou a vontade de chorar. Nas últimas duas semanas não houve um dia em que não tivesse chorado. Verdade. Já passou.
Ainda não consegui baixar a fasquia dos 4 cigarros por dia, mas eu chego lá. O problema é que eu gosto de fumar. Não é o cheiro, não é o sabor. É o gesto. É o que eu associo a esse gesto. O encerrar de um dia trabalho. O chegar a casa. O fim de uma refeição. Os copos com os amigos. Esta última é a mais lixada, ando a ice tea e suminhos para controlar as ameaças potenciais. Curiosamente com o café não tenho esse problema, não associo uma coisa à outra.
Ando a passar o tempo. A fazer o que mais gosto. Só isso.

6 comentários:

  1. Duas ou três dicas para dormir:
    - Atarax (normalmente 2 resolve de vez);
    - AR TV (como não há emissão de noite, grava-se de dia para ver depois);
    - Fazer grande esforço para não dormir (funciona nos casos de cérebros que têm tendência para nos contrariar).
    Boa sorte.

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  2. Obrigado pelas dicas, Pessoa com Ideias :)

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  3. Eu, qdo passei por aquela fase das insónias, ia ver filmes, mas isso não me dava sono... simplesmente era melhor do que ficar a olhar para o tecto! ;)

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  4. Eu não me expliquei bem, eu não tenho insónias (agora), eu caio na cama e passados 5 minutos estou a dormir :)
    só que ando não embrenhada no trabalho que ando a fazer que me esqueço das horas :))

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  5. Passar o tempo assim,dessa maneira,é meio caminho andado para andares de sorriso no rosto :)

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