O N. telefona-me a perguntar se posso ficar com o D. enquanto eles vão ao hospital porque a minha afilhada está a fazer a vida negra à mãe. Ainda estou a trabalhar e peço-lhes para me trazerem o puto à fábrica com a PSP para ele se entreter. Já não é a primeira vez que aqui vem, e as minhas colegas acham-no querido, metem-se com ele e espantam-se por ser tão grande para um menino de 7 anos. Senta-se numa cadeira em frente à minha secretária, e ali fica sossegado enquanto acabo de enviar uns emails (que já ninguém vai ler, passa das 7 da tarde de uma sexta-feira, pelo amor da santa...).
Levo-o para casa, no banco de trás do DJ e com o cinto de segurança bem posto, sento-me no sofá a fazer puzzles com quadrados de lã enquanto ele olha vidrado para a telenovela dos homens (aka wrestling), e quase tenho de o arrancar do puff para irmos jantar.
- Onde vamos?
- Àquele restaurante ao fundo da rua, que tem pizzas, massas, hamburguers...
- Não quero hamburguer, não gosto do queijo...
- Mas podes pedir sem queijo!
(Pausa para digerir a informação)
- E vamos a pé? (enquanto faz uma careta de quem está quase a desfalecer de cansaço)
- Claro que vamos, é já ali ao fundo da rua!!
(Dá-me a mão e vai o resto do caminho a tagarelar).
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