terça-feira, 5 de outubro de 2010

Inspiração (XIII)

Arroz de coelho (powered by Cooking Time playlist), enquanto espreito os Dias bonitos que se enchem de pequenos nadas que são mais do que nos apercebemos. Fiquei a pensar nos votos de confiança: não se pedem, conquistam-se ou merecem-se. E eu não fiz nada para merece-lo por isso a minha gratidão ser maior, pelo gesto amoroso de quem pensa mais nos outros.
E depois há este post, tão verdade desconcertante, tão próximo de mim (sem o saber - ou talvez não), sobre aquilo que (não) se escreve. Isto é suposto ser um diário, sim, mas falta aqui o cadeado libertador das palavras feridas, o silêncio é uma forma de protecção, não dos outros mas para os outros, e porque não para mim mesma. Continuo a escrever para dentro, mas com a consciência de que há olhos invisíveis do outro lado do ecrã, olhos que mais tarde ou mais cedo vão encontrar os meus frente a frente, e isso é a auto-censura mais pidesca que existe, o saber que (a maioria) das pessoas que me lê também me vê de vez em quando, associa as palavras a uma cara, e gosta de mim e preocupa-se com este sentir de montanha russa mais pressentido que confirmado, guardado em rascunhos que nunca deixarão de o ser, para bem da (minha) humanidade.

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