Arroz de coelho (powered by Cooking Time playlist), enquanto espreito os Dias bonitos que se enchem de pequenos nadas que são mais do que nos apercebemos. Fiquei a pensar nos votos de confiança: não se pedem, conquistam-se ou merecem-se. E eu não fiz nada para merece-lo por isso a minha gratidão ser maior, pelo gesto amoroso de quem pensa mais nos outros.
E depois há este post, tão verdade desconcertante, tão próximo de mim (sem o saber - ou talvez não), sobre aquilo que (não) se escreve. Isto é suposto ser um diário, sim, mas falta aqui o cadeado libertador das palavras feridas, o silêncio é uma forma de protecção, não dos outros mas para os outros, e porque não para mim mesma. Continuo a escrever para dentro, mas com a consciência de que há olhos invisíveis do outro lado do ecrã, olhos que mais tarde ou mais cedo vão encontrar os meus frente a frente, e isso é a auto-censura mais pidesca que existe, o saber que (a maioria) das pessoas que me lê também me vê de vez em quando, associa as palavras a uma cara, e gosta de mim e preocupa-se com este sentir de montanha russa mais pressentido que confirmado, guardado em rascunhos que nunca deixarão de o ser, para bem da (minha) humanidade.
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