quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Acalmar

Nestes dias tenho pena de não andar com a Canon atrás, mas também de pouco me adiantava porque não tería a rapidez de reflexos suficiente para premir o botão no momento exacto em que o táxi rola pela estrada e eu vejo de relance numa parede, em letras garrafais "Abandonai toda a esperança, oh vós que ainda acreditáveis. Portugal morreu. R.I.P."
Lisboa tem uma luz dourada e quente nesta manhã de sol como que a confortar-me, a dar-me alento, a dizer-me "vai correr tudo bem".




Enquanto o táxi se escapa entre as sombras da Avenida da Liberdade, vem-me à memória o anúncio da Coca-Cola em que o velhote de 102 anos fala para o bebé recém-nascido e lhe diz "no final, aquilo que vais recordar são as coisas boas" (mais ou menos assim). A minha essência dita em espanhol.

 

(Depois passei 4 horas entre imagens das trombas de Hugo Chavez a passar de 5 em 5 minutos na televisão venezuelana, e telefonemas para 3 divisões do Ministério da Agricultura a pedir por todos os santinhos para me enviarem UM fax com UMA assinatura. Não enviaram. Lá se vai a essência.)

Por "ordem" da médica só posso fumar um cigarro por dia. Ele só faltou bater palmas no consultório depois de ouvir isto. Aconselhou-me um calmante ligeiro para "ajudar".
Estou oficialmente a calmantes.
Estou para ver quem é que me atura nos próximos tempos.

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