De manhã pensava que o mais excitante do meu dia ía ser a ida à higienista para uma limpeza dentária. Foi quase (principalmente quando a senhora me lixou mais um bocado a gengiva - ela já está pouco f%$&$#...), mas à tarde já nem me lembrava disso enquanto esperava junto ao muro da escola, até ver aparecer o D., cara séria, os olhos a percorrer os rostos dos pais e avós que enchiam o passeio, à minha procura. Levei-o para casa, sentado no banco de trás com o cinto de segurança posto, a falar sem parar de como tinha sido o dia, de como a professora de Lisboa era melhor que esta, e dos trabalhos que tinha para fazer. Lanchou leite e bolachas, fez muitas perguntas, andou à nossa volta enquanto eu conversava com o puto grande e fazia sopa, que acabou por ser o nosso jantar (ele não gostou muito da ideia, mas comeu tudo).
Tenho-lhes perguntado muitas vezes se estão a gostar de morar cá, não por me sentir responsável pela escolha que fizeram, mas porque quero genuinamente e de todo o coração que sejam felizes, e que daqui a alguns anos possam dizer, como eu digo, que foi a melhor decisão que tomaram.
É tão bom tê-los por perto, mesmo que não os veja todos os dias, e melhor ainda é vê-los sorridentes. O D. está sempre a sorrir, o nadador-salvador que anda a estudar Psicologia tem razão quando disse ao N. que "ele é uma criança feliz, basta olhar para as pernas dele todas arranhadas" (será que gengivas arranhadas também contam?).
Afinal, um dia bem preenchido. :)
ResponderEliminarSim, com coisas simples, que são as mais importantes :)
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