Almoço em casa como tenho feito ultimamente. Enquanto corto o tomate e espero que as fatias de pão torrem, ouço a chave na porta. Sem combinarmos nada, vamos almoçar juntos, uma raridade nos dias que correm. Ele traz na mão uma embalagem de macarrão no forno do take-away maravilhoso aqui tão perto, e torce o nariz para o meu prato com as duas fatias de pão torrado barrado com molho de ervas, a salada de tomate e uma perna de frango assado ("isso não é almoço"). Conversamos um bocado e lembro-o das próximas datas importantes, se fosse menina mimada não dizia nada e ficava à espera que ele falhasse (o que iría acontecer, não estou a ser mesquinha nem nada, ele é mesmo assim, datas de aniversário ou ocasiões relevantes que não esteja nos lembretes do telemóvel não existem) para depois poder ficar de trombas durante duas semanas, mas não, vou aprendendo (constantemente) a viver com o amor que tenho sem caprichos desnecessários, nem que para isso seja preciso enviar-lhe sms's a dizer "Liga-me. Pergunta-me como está a correr o meu dia."
Depois telefono à mãe a avisar que vamos jantar com ela, visita relâmpago para entregar o D. ao pai, e dar-lhe um beijo grande e matar um pouco as saudades que se vão acumulando e que os telefonemas quase diários não resolvem, quero vê-la, muito. Diz-me que já sabia. E que já fez baba de camelo para a sobremesa.
Eu para datas também sou uma desgraça...não é por mal :|
ResponderEliminarE logo, que bem te vai saber o(s) mimo(s) da Mãe :)