O cheiro a terra molhada depois da primeira chuvada que anuncia o fim do verão. Um verão que foi o mais quente e menos aproveitado dos últimos anos. Mas isso agora não interessa nada, que me sirva de lição para os próximos, isso sim, não cometer os mesmos erros e não esperar pelos outros, isso sim.
Pronto, lá está, se não estou ocupada começo a pensar demais e logo nas coisas más, maldito computador que deu o último suspiro ontem de manhã mais o novo portátil que está ali na sala ao lado a ser preparado e reforçado antes de vir para as minhas unhas. Já arquivei uma montanha de papéis, já mudei os clips e todos os minúsculos objectos que vivem na minha secretária para a concha do tamanho da minha mão vinda directamente de S. Tomé e Principe, oferta da mãe da A. que não me conhece de lado nenhum mas se lembrou da colega da filha nas férias, foi um gesto bonito; já organizei a Time/system até 15 de Novembro, novos mercados a conquistar; não vou a Angola mas já preparei tudo para quem vai, vistos e expedição do stand e das amostras e "não te esqueças da vacina da febre amarela", não faz mal, para o ano também há, é por uma boa causa, não tenho de pedir desculpa; e já tomei de assalto o computador que ninguém usa, e agora percebo porquê, lento, lento como uma lesma, até irrita, e tudo isto porque esta noite dormi bem como não dormia há algum tempo, porque choveu e cheira a terra molhada, porque os dias têm significado.
* Ou Divagações em papel que não tenho computador
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