Tenho de mudar de comboio em Casa Branca. 50 minutos de seca. O livro que a P. me emprestou já vai a meio.
Saio da estação para uma praça deserta, sem sombras nem sons. Um velhote sentado num banco à porta do café, uma galinha a debicar o chão e uma gata a amamentar os filhotes.
O Alentejo da minha imaginação.
Desvio as tiras de plástico da porta e entro no café que não é café, é uma taberna com duas mesas, um balcão de mármore escurecido pelos anos e o cheiro a pipas de vinho.
Saio com uma garrafa de água fresca para aguentar o calor seco.
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