quinta-feira, 9 de julho de 2009

Perder a esperança

Tenho os olhos raiados de sangue de tantas lágrimas, a garganta dorida de tanto conter os soluços. Fecharam-me a porta na cara, e não vejo nenhuma janela a abrir-se. Não sei o que fazer agora. Depositei todas as esperanças nesta resposta, na ideia de que o tempo (tanto tempo, Deus) de espera ía valer a pena, porque quando finalmente o telefone tocasse eu ía suspirar de alívio, e ía fazer tudo o que me mandassem, e ía correr tudo bem. Isto foi o maior murro no estômago, a desilusão mais dura, o chão que se abriu debaixo dos meus pés e me engoliu para me cuspir de seguida com brutalidade, e agora a confiança desapareceu, as certezas não existem, e eu não sei o que fazer a seguir.

Alanis Morisette
"Losing my religion" (acustic)

12 comentários:

  1. Não deixes que o desalento te corroa...Segue com a esperança em alta.
    Um abraço reconfortante e um beijinho carragado de mimo

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  2. Rosita,

    Um grande abraço reconfortante e apertado :)))

    Olha, eu estou aqui...

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  3. Sophie, depois de um ano e meio de análises e exames, dizem-me que não podemos fazer tratamento porque as hipóteses de sucesso são muito reduzidas ("mas venham cá em Novembro para falarmos melhor" ?!?!).

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  4. Anna^, com esperança em alta não sei se consigo, mas não vou desistir ainda.
    Obrigado pelos mimos :)

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  5. Dejalo, obrigado por tudo, minha linda :)

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  6. Um abraço enorme e muita força para ambos.

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  7. Respira, minha querida.
    Um dia de cada vez. Há dias para chorar e outros para levantar a cabeça.
    Dá-te tempo.

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  8. MCG, obrigado, isto passa (como sempre, não é verdade?)
    Um abraço apertado para ti

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  9. Joana, minha querida Joana, um dia de cada vez, eu sei (e hoje é outro dia, e amanhã vou para a praia, e isto há-de correr bem, e Alguém me há-de pegar ao colo quando achar que já chega de me ver arrastar pela areia).
    Um abraço de gratidão

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  10. Rosa Negra. Há processos que são torturantes e inexplicáveis, pela sua dificuldade e sofrimento. E quando não se vê luz é difícil acreditar que ela existe. Mas existe.
    Força. Coragem.

    La mort n'est jamais complète,
    il y a toujours puisque je le dis
    puisque je l'affirme
    au bout du chagrin
    une fenêtre ouverte
    une fenêtre éclairée.
    Il y a toujours un rêve qui veille,
    désir à combler,
    faim à satisfaire,
    un cœur généreux
    une main tendue
    une main ouverte
    des yeux attentifs
    une vie, la vie à se partager.

    Paul Eluard.

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  11. San, obrigado pelas palavras de conforto :)

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