quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Momentos (XXVII)

Depois de uma reunião de 6 horas, o bálsamo reparador chegou sob a forma de um convite "hoje não vou às aulas, vamos jantar à feira da gastronomia com o meu boss". Quando chegámos a Santarém eu tentei lembrar-me quando tinha sido a última vez que ali tinha estado, sei que foi há anos, sei que me diverti imenso, a petiscar aqui e ali e a beber vinho dos Açores em malgas de barro. Mas não me lembrava dos engravatados e das tiazinhas com os copos. Hordas deles por todo o lado.
Desta vez não corremos os tascos todos, com crianças ligadas ao turbo é mais complicado, escolhemos um restaurante do Norte e regalámo-nos com alheiras e posta e dobrada (perante o olhar atónito do S., a perguntar "como é que consegues comer isso?").
Depois foi passear devagar pelos stands de artesanato, abraçados ("tinha saudades de ti assim"), ver brinquedos de madeira, rendas e peças de couro que fazem lembrar os baús das avós e o regresso à terra; e deliciar os olhos com os doces e bolos e garrafas de licores que nos chamavam descaradamente, a ponto de nos fazer pensar que devíamos ter começado por ali, e não o contrário.
Depois de uma ginginha em copo de chocolate e de um Moscatel do Douro, voltámos para casa a dever horas à cama, mas felizes por uma quebra na rotina que nos estava a fazer muita falta.

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