terça-feira, 12 de julho de 2011

Guardar junto ao coração

Vou imprimir. E guardar no fundo da caixa de cartão com padrão de xadrez azul e amarelo, aquela onde guardo uma manta azul macia, uns casaquinhos de malha tricotada e um conjunto de babygrows comprado há anos (6, 8?...). Aquela onde guardo um sonho, juntamente com umas botinhas brancas que a avó me ofereceu (mania das avós de oferecerem coisas para o futuro, um futuro que nem sabem se vai acontecer, mas oferecem à mesma, certas do curso natural da vida).
Lembrei-me agora dos Esteiros, estou quase a acabar de o ler, a história comovente dos "filhos dos homens que não chegaram a ser meninos", a descrição crua de uma lezíria que me escapa, de um rio que dava tanto quanto tirava, fonte de anseios e de sonhos perdidos de quem já não tinha nada a perder, mas mesmo assim nunca deixou de sonhar. Acho que somos todos meninos com sonhos por concretizar....

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