domingo, 24 de julho de 2011

Esclarecer (II)

Sempre que faço uma viagem destas tenho de ouvir pelo menos uma pessoa a dizer-me: “ah e tal, vais de férias…”. Não é bem assim. Desta vez muito menos. Sentir-me enclausurada num hotel sem poder (poder até podia, mas não me atrevi) sair à rua sozinha não é bem o meu conceito de férias. Vi (um pouco de) Luanda pela janela do transfer, e a rua do hotel porque o restaurante onde fomos jantar a maior parte dos dias era na esquina ao fundo. Só.
Duas idas à Ilha para jantar com clientes foi o único desvio cometido nestes dias que me pareceram todos iguais, e cada vez mais difíceis de passar à medida que o cansaço se ía acumulando (ontem, sábado à noite, entrei no meu quarto às onze e meia e fiquei a ouvir a música lá em baixo, o kizomba que sai de cada porta… até adormecer esgotada e embalada pela almofada macia – porque é que as almofadas de hotel são sempre tão boas?... tenho de arranjar umas destas lá para casa…).
Fazer feiras é muito giro e permite conhecer imensas pessoas, mas também é estupidamente cansativo. E só quem nunca passou nove horas seguidas dentro de um stand é que pode afirmar o contrário.

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