"Desde o dia em que tive de digerir Auschwitz, comecei a duvidar da existência de Deus. Mas e se até o Holocausto era destinado a ser um sinal? Uma lembrança terrível, incompreensível e até intolerável para todos nós, que fomos poupados, da forma como o nosso tempo é tão precioso e precário aqui. E se a existência dos campos de concentração fosse a única forma de provar às pessoas que, em termos de comparação, não somos números tatuados, mas sim pessoas únicas, cada uma com um nome e com uma história para contar? Que as nossas vidas, por mais rotineiras, muitas vezes árduas e por vezes cheias de glória injusta, valem a pena ser vividas."
In: Caçadora de imagens
(Em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho da União Soviética libertou sete mil prisioneiros abandonados no campo de concentração de Auschwitz, após a retirada dos alemães).
Sem comentários:
Enviar um comentário