sábado, 6 de junho de 2009

Fazer mato (V)

O C. prometeu e cumpriu, faltava a areia no meu currículo de pendura, e para colmatar esta falha grave juntámo-nos a novo passeio, desta vez do Carta.xo à Naz.aré, organizado pelo mesmo pessoal (e continuam a fazer um trabalho impecável). Nós, o C. e a C., o V. e a C. (isto escrito fica uma confusão!), o B. e dois amigos.
A rotina já começa a ser minha velha conhecida: acordar mais cedo do que em qualquer dia da semana em que tenho de ir trabalhar, apanhar seca de pelo menos hora e meia no local das inscrições, arrancar todos em filinha ordenada até começar cada um a ir para seu lado, de acordo com a leitura que fazem do road-book.
Para a diversão ser maior, paramos na berma do caminho assim que saímos do asfalto. Deixá-los ir. Dar-lhes espaço. Para poder seguir com "a faca nos dentes".

Vamos seguindo as indicações sem falhas graças ao C. (ou à C.), até que ele se lembra de entrar pelo portão de uma pedreira (?). Como o grupo começa e acaba junto (para o bem e para o mal), fomos todos atrás dele, claro, por entre pedregulhos e terreno barrento. E ao voltar para trás, numa ligeira curva, ele vira o volante mas o carro não obedece e continua a deslizar. Ouço um baque seco quando encostamos a uma pedra (já foste!!). A primeira preocupação (depois de lhe dar um puxão com a cinta) é confirmar os estragos, nada de tão grave que nos impeça de continuar normalmente. E a minha fúria desaparece quase tão rápido como surgiu, não vou deixar que isto estrague a boa disposição do dia e o espírito do passeio.

Depois do almoço estilo picnic, sandochas e minis de geleira e cerejas do Fundão que o B. lembrou-se de mim, deixamos a lama e temos paragem obrigatória para esvaziar um pouco os pneus. Já me tinham dito que areia era puxado, mas só depois de começar a sentir o corpo aos saltos e a ser sacudido de um lado para o outro é que lhes dei razão: o terreno faz ondas contínuas, é impossível ir a direito, parece uma montanha russa!!! Rio enquanto tento manter-me agarrada ao banco, há alturas em que o cinto de segurança magoa-me o ombro, mas sem ele andava a bater com a cabeça no tecto.

Passados poucos kilómetros voltamos à estrada, paramos para acabar de arrancar a protecção do fundo, que já vinha a arrojar pelo chão, e seguimos para o centro da Naza.ré, passamos devagar em frente ao mar, jantamos no parque de campismo (fui enganada na sobremesa!) e depois de um copo rápido numa esplanada, acabamos a noite na casa de escadas estreitas, alugada para a ocasião, eles de portáteis em cima da mesa da cozinha, a jogar em rede (é uma comédia ouvi-los "vai pela direita, agora, mata esse, pega na bomba, cuidado!!!!"), nós à conversa no sofá até se acabarem as cerejas.

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