sábado, 27 de julho de 2013

Guardar junto ao coração (II)

Aquela história de que "férias com filhos não são férias" tem um fundo de verdade. As dores de cabeça passaram (os neurónios lá se habituaram à inação) mas existe uma ponta de cansaço físico que não vai embora. Tem a ver com o estado de alerta constante que um bebé de um ano (e desconfio que com dois ou dez vai ser a mesma coisa) exige. Estarmos presentes, atentos e disponíveis para ele dá trabalho, sim, mas basta um sorriso rasgado, uma mão rechonchuda a puxar-nos o braço ou o som de um "mama" ou "paiiii" para sentir que ganhámos o euromilhões na forma de 11 kilos de gente.

Destas férias não vou guardar a praga de mosquitos assassinos que nos deixou com babas do tamanho de bolas de ping-pong e comichões desesperantes, mas sim os gelados cremosos comidos a dois, as sestas imensas e os finais de tarde na praia, o som do mar (sempre o som do mar...) e a alegria eufórica de Peter Pan, louco por areia, por ondas, por brincadeira e por tanta atenção e tanto mimo só para ele, o centro do nosso mundo.







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