Mas hoje o dia é nosso, e levámos o nosso pequeno Buda… ao Buddha Eden, pois claro. A ideia era comprar um bolo, encontrar um parque
relvado com muita sombra e fazer a festa. Já tinha ouvido falar deste parque
com budas gigantes, por isso fomos conhecer. Sinceramente fiquei um bocado
desiludida, tinha a imagem de uma espécie de jardim japonês acolhedor, e afinal
é um espaço imenso e com poucas sombras, torna-se muito frio e impessoal, e acabámos
por não ver nem metade das estátuas de mármore e terracota, porque preferimos
aproveitar todos os minutos para mimar o nosso boneco de carne e osso.
Estendemos uma manta à sombra, andámos descalços na relva, deitámo-nos a ver os raios de sol filtrados pelos ramos altos das árvores, cantámos os parabéns ao nosso menino e deixámo-lo fazer o que quisesse com o bolo. Ele enfiou as mãos pelo recheio e massa, lambeu os dedos, voltou a esfregar as mãos no creme e a seguir nos olhos, no cabelo, nos pés, e espalhou bolo a toda a volta num raio de meio metro. Feliz, tão feliz que nem me importei de ter de lhe trocar a roupa toda a seguir, ou de ter ficado com os braços todos peganhentos de creme de bolo. Porque o sorriso dele será sempre mais importante que qualquer nódoa.
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