quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um amor maior

O nosso amor está crescido. Atingiu a maioridade. Já pode tirar a carta de condução e apanhar bebedeiras. Foi um bebé doce e uma criança reguila mas ternurenta. Foi um adolescente calmo e responsável. Nunca deu dores de cabeça. Nem sustos grandes. Fez algumas birras. Mas não exigiu muito trabalho ou preocupação. Talvez porque foi sempre acarinhado e apreciado. Talvez porque sempre lhe mostrámos (mais por gestos que por palavras) o quanto era importante para nós. O quanto é importante para nós.

O nosso amor mudou ao longo dos anos. É natural que assim seja. E saudável. É feito de rotinas e carinhos irreflectidos. De silêncios simples e olhares cúmplices. De respeito mútuo e compreensão intuitiva. E de muitos sorrisos.
O nosso amor cresceu forte e sereno. Seguro de si. Soube ultrapassar as adversidades. Aprender com os erros. Fazer-se sentir nos melhores e piores momentos. Impregnado na nossa pele. Como uma tatuagem.
O nosso amor sabe que mudou a nossa vida. Que não a imaginamos sem ele. Podíamos até ter sido muito felizes, claro que sim. Teríamos feito escolhas diferentes, de certeza. 
Mas não acredito que tivéssemos encontrado uma comunhão tão perfeita de dois seres tão diferentes. 

(Mesmo que o futuro nos trocasse as voltas amanhã. Serás sempre o amor da minha vida).


Xutos e Pontapés

"Para sempre"


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