quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ouvir e sentir (CLXVII)

Voltaram as noites silenciosas. A casa vazia. Do quarto do lado não ouço o som de mortos-vivos a serem aniquilados com tiros de shotgun. Os jogos foram substituídos por aulas de matemática. E álgebra.
Volto às rotinas solitárias. Ler blogs desde o início dos tempos e procurar músicas no Youtube (vidinha santa, é o que é...). Acabar de ler o Beber, Jogar, F*der (tenho-me rido pouco, tenho...) e esperar que o Wook me entregue em mão o Transa Atlântica e o Ladrão de Sombras (se a minha querida Joanissima diz que é bom, eu acredito de olhos fechados). Olhar de esguelha para os novelos branco, cor-de-rosa e amarelo espalhados em cima da mesa do canto, à espera que eu lhes pegue e os transforme numa manta de quadrados mimosa (está calor, ainda não me apetece...). Acender velas, vaguear pela casa de pés descalços ou engendrar a melhor forma de arranjar mais espaço para sapatos (hoje vi umas botas de cano alto tão lindas...).
E sonhar acordada. De olhos abertos e coração cheio.


Paul Buchanan
"She saw the world"
(Acoustic)


(Só custa os primeiros dias).

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