É o dia de regresso, já não dá para visitar nada de especial, mas o P. sugeriu um passeio de bicicleta pelo bosque atrás da casa. Por isso levantamo-nos cedo para nos despedirmos dele e dos pequenos, tomamos o pequeno-almoço com a C. , como temos feito nestes dias, e tiramos as duas bicicletas da família para a rua, mais uma pedida emprestada à vizinha holandesa.
E é nessa altura que eu começo a ver a minha vida a andar para trás. É que não faço isto há anos, e olhar para a bicicleta de montanha que me puseram nas mãos deu-me suores frios. Eu só imaginava que ía estragar a viagem toda, porque de certeza que me ía espatifar contra um carro ou cair e partir uma perna, no mínimo.
Felizmente, o pior que aconteceu foi tentar começar a andar com o guiador ao contrário (realmente reparei que não era normal os meus joelhos baterem nas manetes, mas...) e ser insultada por uma holandesa porque não conseguia manter a bicicleta a direito. Fora isso, e o facto de ter feito o percurso todo a xingá-lo "não venhas ao meu lado, sai daqui, estás a desconcentrar-me!!", o passeio correu lindamente.
O parque é belíssimo, sossegado e muito cuidado, e nesta altura do ano é de um verde luxuriante, e a C. ainda nos levou a uma mini-quinta onde as crianças (e os adultos) podem interagir com os animais (quando digo interagir, é entrar nos currais e andar no meio das galinhas, fazer festas aos leitões, ou dar biberãos de leite às cabras).
A meio da manhã despedimo-nos da C. à entrada do aeroporto, com um agradecimento sentido que acho que nunca será suficiente pela paciência e disponibilidade que tiveram connosco nestes dias. Estas férias não teríam tido a mesma piada e significado sem a simpatia e os conselhos que nos deram.
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