sábado, 4 de julho de 2015

Sem doer

A melhor homenagem que te podia fazer hoje foi esta. Mostrar ao teu neto a tua Serra. Viste os olhos dele esbugalhados a olhar para as montanhas? A alegria inocente com que atirava pedras à lagoa? E como virava a cabeça para a janela para sentir melhor o vento que entrava no carro? Estava tão feliz, o nosso menino.


Queria tanto que ele te tivesse conhecido. Que tivesse recordações tuas. Sabes, no outro dia quando sugeri que o avô Zé fosse connosco ao Oceanário, foi isso que disse ao L. "Ele é o único avô que o Pedro conhece, de quem se vai lembrar". Mas eu vou fazer questão de lhe mostrar fotos tuas, e falar-lhe de ti, e levá-lo aos sítios a que tu nos levaste com tanto orgulho. Quero que ele ame a Serra como tu a amavas. É só mais uma forma de manter a tua memória viva. Nele e em mim.

(As saudades já não doem. Parabéns, pai.)

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