terça-feira, 19 de abril de 2011

Sonho (VI)

(You're not alone...)

Estou num cabeleireiro manhoso, não tem nada a ver com o espaço clean e zen do costume, parece uma barbearia antiga dentro de um armazém escuro, mas eu estou ali à espera de ser atendida, a minha mãe está comigo, chamam-me para lavar a cabeça, mas depois, em vez de pegar no secador de cabelo, a rapariga pega num estojo e senta-se à minha frente a arranjar-me as unhas. Eu começo a achar que aquilo está a demorar muito tempo, porque tenho de ir a uma festa, e dou por mim a atravessar uma porta, ainda dentro do cabeleireiro que parece um armazém abandonado, atrás da porta há um quarto onde está uma criança a dormir, é um menino, deve ter 4 ou 5 anos. E a festa é ali, brinco com o puto, e consigo ver pessoas no páteo ajardinado das traseiras, de copo na mão como se estivessem num churrasco.
Saio do cabeleireiro entre despedidas e beijinhos efusivos, e mergulho na água, não me lembro como é que passei de um sítio para o outro, só sei que estou no Algarve mas isto não é bem praia, é uma baía, e eu atiro-me de pés do alto da parede rochosa para dentro de água, e por cima de mim voa um balão tipo insuflável em forma de peixe gigante, azul com escamas prateadas, que bate contra as rochas e cai dentro de água perto de mim. Mas atrás do balão vem um tipo que puxa um cordel até tirá-lo da água.
Entro num bar (também não sei como cheguei até aqui), uma mistura de esplanada de verão com plantas altas a adornar as colunas entre as mesas, e pub inglês com paredes forradas a madeira, pequenas mesas de jogo e cadeiras pesadas, estou com o meu irmão e um amigo, não tenho a certeza mas acho que é o V., mas porque raio é que fui lembrar agora do V.? Não o vejo há mais de 5 anos, desde que ele se mudou para Londres. Estou de biquíni e eles de calções, estamos os três descalços, sentamo-nos naquela posição de completa descontracção, quase a escorregar pelas cadeiras abaixo, e pedimos bebidas, estamos de férias, sem horários, sem compromissos, sem nenhuma preocupação….
(depois sinto um clarão que me cega, não, não é o sol, é mesmo a luz do candeeiro que ele acendeu…)

Se isto não é sinal que preciso de férias, não sei que será…

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