Ele gostava que eu gostasse de cozinhar. Eu gostava que ele gostasse de viajar. Depois de tantos anos achamos que ainda é possível mudar o outro. Não é. Somos como somos. Temos de o aceitar.
Entre tudo o que não se diz (e ele ontem comentou que tinha ido almoçar ao Porquinho, e voltou tudo de enchurrada, as consultas, as esperas, as desilusões...) hoje disse-me que precisa de um escritório/oficina. Das duas uma, ou trocamos de casa ou forramos o sotão e pedimos mais uma linha de net. A segunda opção é a mais viável. E tanto que fica por dizer...
Amanhã tenho cá a trupe toda a almoçar. E digo toda porque é mesmo toda, os dois irmãos, a cunhada, os dois sobrinhos e ainda o primo F. e a namorada. A mãe não sabe de nada, vai chegar a pensar que é um almoço normal cá em casa, o habitual, e vou recebê-la à porta com a neta (dela), (e ele vai estar de máquina fotográfica em punho, atrás de mim, porque a cara que ela vai fazer quando vir o pequeno embrulho no meu colo vai ser priceless - é triste mas não me lembro do equivalente em português...). Adoro fazer estas coisas. Ver a cara da minha mãe apanhada de surpresa, proporcionar-lhe momentos de felicidade que ela vai recordar com carinho, porque ela merece todos os momentos felizes que eu lhe conseguir dar.
E assim, eu que não gosto de cozinhar, vou passar a tarde (na verdade, só tenho 1 hora...) a fazer sopa, um bolo, uma sobremesa que leve leite condensado e bolacha Maria (ainda não sei o que há-de ser, mas o Google é amigo...) e 3 rolos de carne para amanhã.
E só tenho uma hora porque às 5 há caracóis em casa dos Pekeninos, feitos pela nossa Paula. Mágoas vão ser carpidas. Gargalhadas vão soltar-se pelas frases mais disparatadas. As duas pequenas princesas vão ser açambarcadas de beijos e abraços. Olhares de cumplicidade vão ser trocados. Os laços de amizade que nos unem apesar da distância e das vidas atarefadas, vão ser alimentados e cuidados, como merecem.
E falta a S. e a minha afilhada amorosa, que devem chegar amanhã à tarde e ficar para jantar, com muitas minis à mistura porque uma conversa sobre ir viver para França durante um ano ou dois tem de ter alcoól à mistura. O assunto é sério e as dúvidas são muitas (para ela, claro, que eu não pensava duas vezes...).
Tudo isto depois de termos despachado uma garrafa de vinho branco ao almoço (se calhar por isso é que me estou a esticar aqui, já não acontecia há séculos...).
Já tinha saudades dos teus "esticanços"...
ResponderEliminarUm abraço daqueles
É verdade, ando com pouca paciência, até aqui :\
ResponderEliminarMas eu volto... ;))
Um abraço apertado