sábado, 30 de abril de 2011

Divagações antes de me ir agarrar aos tachos

Ele gostava que eu gostasse de cozinhar. Eu gostava que ele gostasse de viajar. Depois de tantos anos achamos que ainda é possível mudar o outro. Não é. Somos como somos. Temos de o aceitar.
Entre tudo o que não se diz (e ele ontem comentou que tinha ido almoçar ao Porquinho, e voltou tudo de enchurrada, as consultas, as esperas, as desilusões...) hoje disse-me que precisa de um escritório/oficina. Das duas uma, ou trocamos de casa ou forramos o sotão e pedimos mais uma linha de net. A segunda opção é a mais viável. E tanto que fica por dizer...

Amanhã tenho cá a trupe toda a almoçar. E digo toda porque é mesmo toda, os dois irmãos, a cunhada, os dois sobrinhos e ainda o primo F. e a namorada. A mãe não sabe de nada, vai chegar a pensar que é um almoço normal cá em casa, o habitual, e vou recebê-la à porta com a neta (dela), (e ele vai estar de máquina fotográfica em punho, atrás de mim, porque a cara que ela vai fazer quando vir o pequeno embrulho no meu colo vai ser priceless - é triste mas não me lembro do equivalente em português...). Adoro fazer estas coisas. Ver a cara da minha mãe apanhada de surpresa, proporcionar-lhe momentos de felicidade que ela vai recordar com carinho, porque ela merece todos os momentos felizes que eu lhe conseguir dar.

E assim, eu que não gosto de cozinhar, vou passar a tarde (na verdade, só tenho 1 hora...) a fazer sopa, um bolo, uma sobremesa que leve leite condensado e bolacha Maria (ainda não sei o que há-de ser, mas o Google é amigo...) e 3 rolos de carne para amanhã.
E só tenho uma hora porque às 5 há caracóis em casa dos Pekeninos, feitos pela nossa Paula. Mágoas vão ser carpidas. Gargalhadas vão soltar-se pelas frases mais disparatadas. As duas pequenas princesas vão ser açambarcadas de beijos e abraços. Olhares de cumplicidade vão ser trocados. Os laços de amizade que nos unem apesar da distância e das vidas atarefadas, vão ser alimentados e cuidados, como merecem.

E falta a S. e a minha afilhada amorosa, que devem chegar amanhã à tarde e ficar para jantar, com muitas minis à mistura porque uma conversa sobre ir viver para França durante um ano ou dois tem de ter alcoól à mistura. O assunto é sério e as dúvidas são muitas (para ela, claro, que eu não pensava duas vezes...). 

Tudo isto depois de termos despachado uma garrafa de vinho branco ao almoço (se calhar por isso é que me estou a esticar aqui, já não acontecia há séculos...).

2 comentários:

  1. Já tinha saudades dos teus "esticanços"...
    Um abraço daqueles

    ResponderEliminar
  2. É verdade, ando com pouca paciência, até aqui :\
    Mas eu volto... ;))
    Um abraço apertado

    ResponderEliminar