domingo, 7 de novembro de 2010

Eu até nem tinha nada com que me ralar

Isto parece um bocado fatalista, mas eu andava tão bem disposta, mesmo com carros avariados e contas de oficina de centenas de euros e histórias de família escabrosas (o sangue não é tudo e não obriga a nada, está visto e comprovado, e eu só quero que seja feliz, muito feliz, mas longe de mim, à distância que é para não me chatear), que devia ter desconfiado, como se não devesse sentir-me assim, como se não merecesse a felicidade sem razão. E hoje a descontração foi-se esbatendo pelos cantos da sala de espera do hospital onde passei quase três horas, e a alegria encolheu-se toda quando ouvi o diagnóstico que não me tinha passado pela cabeça, não é nada de dramático, mas os sinais estavam lá todos e eu não os vi, e não consigo deixar de me sentir um pouco culpada por não ter insistido, por não ter cuidado dele como devia, por achar que podia ter evitado se tivesse batido o pé e obrigado a ir a um médico mais cedo.
Agora é pensar positivo, que foi um episódio isolado que o tratamento e a vacina vão curar, mesmo curar para não voltar a acontecer. Outra coisa que não vai voltar a acontecer é este deixar andar durante meses, o "amanhã passa", não vai não, que eu não vou deixar. Nunca mais.

3 comentários:

  1. Por que raio é que eles têm sempre de serem tão teimosos?!? Deve-lhes ter ficado do tempo em que iam à caça...
    As melhoras!

    ResponderEliminar
  2. Que chatice! Agora obriga-o a portar-se bem. As melhoras!

    beijinhos

    ResponderEliminar
  3. mcg, tanta coisinha má que lhes ficou do tempo da caça, rais os partam... ;P

    Anna^, nunca quis ser a típica mulher chata a massacrar o marido, mas agora vou ser mesmo isso.

    Obrigado a ambas :)

    ResponderEliminar