Não ponho um pé fora de casa desde segunda feira à tarde. A bem dizer, não ponho os pés fora do sofá ou da cama desde segunda feira à tarde. Repouso absoluto. Se não resultar assim, sinceramente não sei que mais faça. Pensei que ao segundo dia já ía andar a bater com a cabeça nas paredes, mas não, não me custou nada esta reclusão auto imposta, nem sequer tive momentos de tédio ou de solidão. Lido bem com a solidão. Só ainda não descobri o que é que a balança tem para me dizer, mas tenho uma ligeira desconfiança que tudo o que eu comi nestes dias me vai pesar na consciência (e não só). A manta azul está quase pronta, aprendi a fazer flocos de neve, vi Tudor's de enfiada e só fiquei desiludida com os filmes: dos dez que marcharam nestes dias, só dois tiveram o mérito de passar para a pasta dos "Vistos mas a repetir", e mesmo assim o Madagáscar 2 não tem metade da piada do primeiro. O outro foi o Babies, um documentário que acompanha o primeiro ano de vida de quatro bebés em pontos tão distantes do planeta como Tóquio, Estados Unidos (tinha de ser), Mongólia e Namíbia. E as diferenças são assustadoras de tão abismais. Ficou-me gravada na memória a cena em que a bebé japonesa chora e esperneia porque está aborrecida num quarto cheio de brinquedos, enquanto o pequeno namibiano se entretém a brincar com um osso (sabe-se lá vindo de onde, ou de quê). Mas a essência da vida está lá toda, e é igual em qualquer lugar e em qualquer raça.
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