Custam-me todas as horas que passo longe de casa, todos os beijos e abraços que não dou porque mal nos vemos durante a semana. Custam-me as dores fora de tempo que não querem dizer nada, ou pelo menos não querem dizer o que eu quero.
Custa-me saber que a médica que sería a minha obstetra vai embora. Fartou-se de uma vida obsessivamente dedicada ao trabalho. Descobriu o maravilhoso mundo das viagens e dos hotéis de 5 estrelas.
Custa-me ainda ter o dedo inchado e não conseguir pôr o anel.
Custa-me o tempo que me falta para as pequenas coisas que me fazem feliz. E para dormir. Muito. Queria adormecer aconchegada e só acordar em Dezembro. Ou no próximo ano. Ou quando o mundo tivesse mudado, mais sólido e convicto, com a certeza do que quer.
Custou-me tanto levantar às 6 da manhã...
"Passou tudo tão depressa / nunca te falei de mim / o que digo não importa / o que sinto talvez sim."
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Só isto...
Hoje, no ramo de 16 rosas que será entregue em mão no local de trabalho (para o envergonhar à grande), o cartão terá a frase que diz tudo: "Sou feliz ao teu lado, mesmo quando não me sinto feliz".
Marc Anthony & Tina Arena
"I Want To Spend My Life Time Loving You"
(e agora já posso dizer que passei mais anos da minha vida ao lado dele do que sem ele).
Marc Anthony & Tina Arena
"I Want To Spend My Life Time Loving You"
(e agora já posso dizer que passei mais anos da minha vida ao lado dele do que sem ele).
domingo, 27 de setembro de 2009
O melhor do fim de semana (V)
Tarte de maçã com canela. Mariscada no sítio do costume. Descobrir que o Sr. Jorge não se chama Jorge mas sim Joaquim. Pouco antes de ele me oferecer um maço de tabaco "é para os que eu te cravo". Dormir até ao meio dia. Zarandar pela casa sem pressas. Acabar um livro.
Brincar com a princesa que, mesmo com a perna ligada, mantém o sorriso amoroso. Perder-me nos olhos ternos e redondos que transmitem paz e doçura. Sei que ela não vai ser "cabra" como a irmã. E se calhar vai sofrer mais desilusões por isso.
Ver um filme leve e animado, ideal para uma noite de domingo, e lembrar o fascínio que tenho pela dança.
Step Up 2
Brincar com a princesa que, mesmo com a perna ligada, mantém o sorriso amoroso. Perder-me nos olhos ternos e redondos que transmitem paz e doçura. Sei que ela não vai ser "cabra" como a irmã. E se calhar vai sofrer mais desilusões por isso.
Ver um filme leve e animado, ideal para uma noite de domingo, e lembrar o fascínio que tenho pela dança.
Step Up 2
sábado, 26 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Momento (LXXXIII)
- Hoje não fico até ao fim da aula, quero vir para casa, para estarmos um bocado juntos...
Aninhados no sofá, deito a cabeça no seu peito, sinto o calor da pele e ouço o bater do coração, enquanto ele me afaga os cabelos.
Foi para isto que ele se baldou hoje à aula... para me dar colo.
Aninhados no sofá, deito a cabeça no seu peito, sinto o calor da pele e ouço o bater do coração, enquanto ele me afaga os cabelos.
Foi para isto que ele se baldou hoje à aula... para me dar colo.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Sobressalto
O N. anda à procura de casa para ir viver com a namorada. A mãe ainda não sabe (senão já me tinha ligado). O N. está a ficar crescido. Tão crescido que já começou a pensar que um dia vai querer ter filhos. Deve ter pensado nisso quando finalmente se decidiu a marcar a operação que já devia ter feito há muito tempo. Antes de ganhar um quisto. Agora esperamos uma data. O resto já conheço, infelizmente.
A princesa S. ainda não anda e já tem uma perna partida. Foi na ama, um dos meninos exaltados pisou-lhe a perna, fez crack. Não se pode pôr gesso porque está em crescimento. Não se pode obrigá-la a ficar sossegada porque é uma bebé irrequieta, e só se lembra da perna quando se apoia nela e lhe dói. Depois chora. Depois passa. Agora é esperar que sare.
(E ainda são só 10 da manhã...)
A princesa S. ainda não anda e já tem uma perna partida. Foi na ama, um dos meninos exaltados pisou-lhe a perna, fez crack. Não se pode pôr gesso porque está em crescimento. Não se pode obrigá-la a ficar sossegada porque é uma bebé irrequieta, e só se lembra da perna quando se apoia nela e lhe dói. Depois chora. Depois passa. Agora é esperar que sare.
(E ainda são só 10 da manhã...)
domingo, 20 de setembro de 2009
Boa disposição*
Latin Soul Syndicat
"El Gitano del Amor"
The Ugly Truth OST
"El Gitano del Amor"
The Ugly Truth OST
* ou Tentar enganar a segunda-feira
Valeu a pena... (III)
O calor e o cheiro da pele da E.
As gracinhas que vai fazendo para chamar a atenção.
Os olhos esbugalhados para tanta gente que não conhecia.
A força com que abocanha o nosso ombro, queixo ou nariz
(é o que apanhar a jeito, a sorte é que ainda não tem dentes).
Quando encosta a cabeça no meu pescoço, o mundo pára por um segundo.
As gracinhas que vai fazendo para chamar a atenção.
Os olhos esbugalhados para tanta gente que não conhecia.
A força com que abocanha o nosso ombro, queixo ou nariz
(é o que apanhar a jeito, a sorte é que ainda não tem dentes).
Quando encosta a cabeça no meu pescoço, o mundo pára por um segundo.
Valeu a pena... (II)
Passei mais horas na cozinha este fim de semana do que nas últimas duas semanas inteiras. Dormi horas a menos, fumei cigarros a mais, e tive mais pessoas sentadas à mesa do que durante todo o ano. E há pouco, quando começou a dar o Dirty Dancing na televisão e toda a gente se recostou para assistir pensei que ele ía ter uma apoplexia logo ali, mas aguentou-se bem (e também viu).
As festas da terra da avó perderam a mística que tantas lembranças nos trazem ainda, quando eram um dos pontos altos dos nossos 14, 15, 16 anos de loucuras (e tantas que até nos benzemos). Mas encontramos pessoas que já não víamos há anos, estranhamos como continuam na mesma ou como parecem envelhecidas (e nós, será que também nos veêm assim?).
A pergunta sacramental é repetida até à exaustão, mas não consegue estragar a minha noite (estou a fazer progressos), porque tenho à minha volta algumas das pessoas que me são mais queridas, apesar de ter de gramar com Mundo Cão (o que é aquilo?!).
Olho para os meus putos e não consigo ver as diferenças, mesmo sabendo que eles já são "crescidos". Casados ou enamorados (da forma mais melosa que é possível, apesar daquele cabedal todo), continuam a arrancar-me sorrisos quando embirram (sempre) com o meu cabelo ou com os meus sapatos, ou quando ouço da sala "Mana, ela está a bater-me!!". Não páram quietos, não deixam de rir e de fazer palhaçadas e de se morderem (private one).
Invejo um pouco a relação que têm e que a distância não me permite, as minhas cunhadas têm um entendimento que eu não alcanço, mas é natural que assim seja, e fico feliz e mais descansada por saber que existe esse apoio e interajuda. Para eles (e para elas) eu serei sempre a irmã mais velha que se afastou muito cedo da casa dos pais. Mas senti nesta visita uma vontade de aproximação que sei que não saiu da cabeça deles, mas delas, porque só as mulheres têm este conceito de laços de família.
E elas já fazem parte dos meus.
E a frase do fim de semana foi "O teu irmão é como o leite... meio-gordo".
As festas da terra da avó perderam a mística que tantas lembranças nos trazem ainda, quando eram um dos pontos altos dos nossos 14, 15, 16 anos de loucuras (e tantas que até nos benzemos). Mas encontramos pessoas que já não víamos há anos, estranhamos como continuam na mesma ou como parecem envelhecidas (e nós, será que também nos veêm assim?).
A pergunta sacramental é repetida até à exaustão, mas não consegue estragar a minha noite (estou a fazer progressos), porque tenho à minha volta algumas das pessoas que me são mais queridas, apesar de ter de gramar com Mundo Cão (o que é aquilo?!).
Olho para os meus putos e não consigo ver as diferenças, mesmo sabendo que eles já são "crescidos". Casados ou enamorados (da forma mais melosa que é possível, apesar daquele cabedal todo), continuam a arrancar-me sorrisos quando embirram (sempre) com o meu cabelo ou com os meus sapatos, ou quando ouço da sala "Mana, ela está a bater-me!!". Não páram quietos, não deixam de rir e de fazer palhaçadas e de se morderem (private one).
Invejo um pouco a relação que têm e que a distância não me permite, as minhas cunhadas têm um entendimento que eu não alcanço, mas é natural que assim seja, e fico feliz e mais descansada por saber que existe esse apoio e interajuda. Para eles (e para elas) eu serei sempre a irmã mais velha que se afastou muito cedo da casa dos pais. Mas senti nesta visita uma vontade de aproximação que sei que não saiu da cabeça deles, mas delas, porque só as mulheres têm este conceito de laços de família.
E elas já fazem parte dos meus.
E a frase do fim de semana foi "O teu irmão é como o leite... meio-gordo".
sábado, 19 de setembro de 2009
Acabou-se o sossego
Tenho os meus putos cá em casa. Com as respectivas mulher / namorada. Um vendaval de boa disposição que me entrou pela casa dentro às 10 da noite e vai ficar até domingo.
Esparguete à bolonhesa e "aquele" vinho branco. Concentração motard e caipirinhas. Os putos a dançar e uma amostra de mato.
E eu estou feliz.
Esparguete à bolonhesa e "aquele" vinho branco. Concentração motard e caipirinhas. Os putos a dançar e uma amostra de mato.
E eu estou feliz.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Abraçar (II)
Um dia expliquei à Joana porque é que dava tanto valor aos abraços: "Eu gosto de abraços. Um abraço é mais especial do que um beijo.Um beijo tu dás a qualquer pessoa (salvo seja), é uma forma de cumprimento mais cordial do que carinhoso. Um abraço não, é mais pessoal, implica envolveres com os braços, dares um pouco de ti"
(Por estas e por outras é que sou a menina dos abraços).
Quem mais gostas de abraçar no presente?
A minha afilhada que me aquece o coração (é o mais próximo que tenho de um bebé aconchegado no meio peito). E gosto do abraço envolvente dele que me protege do mundo (e de mim própria, às vezes).
Quem nunca abraçarias?
Muito boa gente a quem tenho de dar os tais beijinhos de circunstância e sorrisos... também nunca abraçaria um leão...
A quem davas tudo para poder abraçar?
Tenho a imensa sorte de poder abraçar todas as pessoas que realmente quero.
A quem davas o teu melhor abraço?
A quem dele precisasse, porque às vezes um abraço é a melhor cura :)
(Por estas e por outras é que sou a menina dos abraços).
Quem mais gostas de abraçar no presente?
A minha afilhada que me aquece o coração (é o mais próximo que tenho de um bebé aconchegado no meio peito). E gosto do abraço envolvente dele que me protege do mundo (e de mim própria, às vezes).
Quem nunca abraçarias?
Muito boa gente a quem tenho de dar os tais beijinhos de circunstância e sorrisos... também nunca abraçaria um leão...
A quem davas tudo para poder abraçar?
Tenho a imensa sorte de poder abraçar todas as pessoas que realmente quero.
A quem davas o teu melhor abraço?
A quem dele precisasse, porque às vezes um abraço é a melhor cura :)
Animar
Depois de uma noite de insónia (às duas e meia estava à janela a fumar um cigarro) e de lutar contra a vontade de mandar tudo à m$#"% e ficar a dormir no calor da minha cama, a única coisa que me deu um pouco de alento para enfrentar este dia foi uma música.
Naturi Naughton e Collins Pennie
"Fame"
Fame OST
(a Rádio Comercial é a minha salvação todas as manhãs).
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Mas por alma de quem...
... é que me mandam para uma acção de informação sobre o mercado da Arábia Saudita? Eu não posso lá entrar sem ser acompanhada pelo meu marido (que não tenho oficialmente) ou pelo meu pai ou irmão (que não devem estar para aí virados)!!
Ok, alguns dados também servem para o Dubai, mas mais depressa vou lá eu de férias do que me enviam a trabalho.
Ok, alguns dados também servem para o Dubai, mas mais depressa vou lá eu de férias do que me enviam a trabalho.
Dançar (II)
No "solário" não se dança, mas dá vontade...
The Ronettes
"Be my baby"
Dirty Dancing OST
Ultrapassar
Mais uma colega de trabalho. Reconheço os sinais subtis, os preparativos ponderados, a expectativa no olhar. Relembro os passos que também eu já dei, no início, tudo feito com consciência, "como deve de ser" (como se me tivesse adiantado de muito...).
Ainda penso "quando" em vez de "se". E limpo a casa de alto a baixo ao som de Santana e no silêncio que vou aprendendo a conter.
Ainda penso "quando" em vez de "se". E limpo a casa de alto a baixo ao som de Santana e no silêncio que vou aprendendo a conter.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Momento (LXXXI)
Ouço a porta de entrada a abrir.
- Sou eu, vou já sair outra vez... mas...
Vem ter comigo à cozinha e beija-me.
-...não quer dizer que não te dê um beijo primeiro...
Sai porta fora com um sorriso e deixa outro nos meus lábios.
- Sou eu, vou já sair outra vez... mas...
Vem ter comigo à cozinha e beija-me.
-...não quer dizer que não te dê um beijo primeiro...
Sai porta fora com um sorriso e deixa outro nos meus lábios.
Arranjar...
... lenha para me queimar, é o que eu ando a fazer desde ontem.
De tempos a tempos (anos, vá...) dá-me uma vontade louca de criar alguma coisa. Gosto da sensação de fazer algo com as próprias mãos, deve ser uma forma de contrabalançar um trabalho baseado no telefone e no teclado.
Foi assim que pintei o quadro com o enorme gato preto à janela, que decorou o meu quarto em casa dos meus pais até ser ocupado pelo puto mais velho; foi assim que tricotei uma manta com quadrados de lã (que ainda aquece a minha mãe nas noites de sofá a ver a novela); e foi assim que fiz quatro quadros em tapeçaria, que hoje decoram as paredes lá de casa.
E desde ontem que sinto um formigueiro nos dedos quando me lembrei que tenho no sotão um saco cheio de restos de lãs coloridas. Eu que não tenho tempo para limpar a casa, que ando com o carro com uma camada de pó que já nem se vê bem a cor da pintura, que deixo acabar os iogurtes e rolos de cozinha (e não ser o papel higiénico é uma sorte...) porque às 11 da noite já não dá para ir às compras, eu que saio das aulas a arrastar-me e já me levanto cansada... ando a pensar em fazer outra manta de quadrados!!
(Isto não é normal!!).
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Dito assim não soa nada bem...
- Hoje apanhei o C. no msn e pedi-lhe para nos arranjar duas porcas.
- Humm, mas eu não quero das malhadas...
- Não, eu disse-lhe que queria duas porcas cabeludas.
- Humm, mas eu não quero das malhadas...
- Não, eu disse-lhe que queria duas porcas cabeludas.
Ouvir e sentir (LXXI)
Porque marcou a minha adolescência.
Patrick Swayse
"She's Like the Wind"
Dirty Dancing OST
Patrick Swayse
"She's Like the Wind"
Dirty Dancing OST
domingo, 13 de setembro de 2009
Sobre o amor
"Conta-se que Vitória estava apaixonada pelo primo, o príncipe Alberto, e assim tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento (visto que na época, ninguém poderia fazer tal pedido a uma rainha). Ele aceitou. Foi a primeira vez que se teve notícias de alguém casar por amor. Vitória era ousada e acrescentou ao traje nupcial algo proibido para uma rainha na época - um véu. Nascia aí um costume que atravessaria o tempo e daria a Vitória o reconhecimento de trazer para a nossa época o amor, para unir um homem e uma mulher".
In: Wikipédia
Sinead O'Connor
"Only You"
Young Victoria OST
In: Wikipédia
Sinead O'Connor
"Only You"
Young Victoria OST
Improvisar
A ideia era boa, depois de um dia em que a coisa mais divertida que vi foi os putos a correr à frente dos novilhos ainda sonolentos (dizem que à noite é melhor, os homens da terra com o álcool tornam-se mais destemidos)...
... convidamos o pessoal para jantar, à meia noite vemos a outra largada e depois vamos beber um copo à White Party que estão a organizar.
O V. e a C. cortaram-se, o V. e a R. estão no Porto, no Air Race. Valeram os resistentes C. e C., o mojito e uma tasquinha para cear, a conversa e a companhia e os risos que faziam o pessoal das outras mesas virarem a cabeça na nossa direcção.
Pequeno pormenor: começou a chover. Ora bem, chuva = lama, lama = formigueiro nas pontas dos dedos de algumas pessoas. Um pensou, o outro disse, e passados dois telefonemas arranja-se quatro jipes para ir para o mato. E aqui a je vestidinha de branco dos pés à cabeça. Bonito. "Eu não saio do carro nem que esta m%$#" se esteja a afundar!!"
Numa das paragens para fumar aproveito para escrever umas ideias no Moleskine, o C. vê e pergunta-me o que estou a fazer, sorrio e não lhe respondo que é assim que funciona, que registo os pensamentos à medida que me vêm a cabeça, porque se não fôr no momento eles esfumam-se, as palavras perdem-se e mais tarde não consigo voltar a encontrá-las, ou já não são as mesmas e por isso ficam menos sinceras.
Não foi preciso sair, não houve lama (pelos vistos só choveu onde nós estávamos antes) mas gostei muito do percurso escolhido, e acabamos a noite a beber aguinha fresca (que esta vida não pode ser só shots de tequilla).
... convidamos o pessoal para jantar, à meia noite vemos a outra largada e depois vamos beber um copo à White Party que estão a organizar.
O V. e a C. cortaram-se, o V. e a R. estão no Porto, no Air Race. Valeram os resistentes C. e C., o mojito e uma tasquinha para cear, a conversa e a companhia e os risos que faziam o pessoal das outras mesas virarem a cabeça na nossa direcção.
Pequeno pormenor: começou a chover. Ora bem, chuva = lama, lama = formigueiro nas pontas dos dedos de algumas pessoas. Um pensou, o outro disse, e passados dois telefonemas arranja-se quatro jipes para ir para o mato. E aqui a je vestidinha de branco dos pés à cabeça. Bonito. "Eu não saio do carro nem que esta m%$#" se esteja a afundar!!"
Numa das paragens para fumar aproveito para escrever umas ideias no Moleskine, o C. vê e pergunta-me o que estou a fazer, sorrio e não lhe respondo que é assim que funciona, que registo os pensamentos à medida que me vêm a cabeça, porque se não fôr no momento eles esfumam-se, as palavras perdem-se e mais tarde não consigo voltar a encontrá-las, ou já não são as mesmas e por isso ficam menos sinceras.
Não foi preciso sair, não houve lama (pelos vistos só choveu onde nós estávamos antes) mas gostei muito do percurso escolhido, e acabamos a noite a beber aguinha fresca (que esta vida não pode ser só shots de tequilla).
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Momentos (LXXX)
Ele chega ao pé de mim e sugere o que eu já tinha pensado "antes do jantar vamos ali beber um mojito". Isto acontece tantas vezes que já não devia ficar surpreendida, talvez seja dos anos de convivência, de já nos conhecermos tão bem, um pensa, o outro diz, natural e irreflectidamente.
O restaurante pequeno e típico prometia, e a conversa fez esquecer o facto de o prato principal (o meu) estar uma merda cagada, com todas as letras.
Passeamos de mão dada pelas ruas sossegadas que não deixam adivinhar a festa ali tão perto, compramos um io-io de madeira e rimos como crianças a brincar com ele. E fugimos dali quando o José Cid começa a cantar.
O restaurante pequeno e típico prometia, e a conversa fez esquecer o facto de o prato principal (o meu) estar uma merda cagada, com todas as letras.
Passeamos de mão dada pelas ruas sossegadas que não deixam adivinhar a festa ali tão perto, compramos um io-io de madeira e rimos como crianças a brincar com ele. E fugimos dali quando o José Cid começa a cantar.
Ossos do ofício (X)
Espreito a barraquinha dos crepes de 5 em 5 minutos, à espera que abra (também que raio de ideia, fechar à hora do lanche). Peço um crepe com nutella, mas amanhã sou capaz de não resistir ao crepe com gelado, nutella, chantilly e pepitas de chocolate.
Um rapaz chama-me e diz-me para escolher um frasco de doce de fruta da cesta. Pergunto-lhe de qual gosta mais.
Dá-me um de cereja.
Um rapaz chama-me e diz-me para escolher um frasco de doce de fruta da cesta. Pergunto-lhe de qual gosta mais.
Dá-me um de cereja.
Momento (LXXIX)
E quando um desconhecido (em calções e chinelos e cheio de tatuagens) de repente nos oferece um mojito (divinal, por sinal) isso é... boa vizinhança.
Ossos do ofício (IX)
Ouço o velhote do stand ao lado disfarçadamente "já almocei, já dormi a sesta, agora estou aqui sentado a descansar um bocadinho" e não posso deixar de sorrir com o à-vontade de quem já não tem idade para se chatear. Devíamos ser todos assim.
Vou à barraquinha das caipirinhas buscar um granizado de abacaxi com hortelã para aguentar o calor, e regresso com a promessa de um mojito "como você nunca provou".
Ao lado, as garrafas de ginginha e licores chamam-me a atenção pela sua beleza e simplicidade...
... e os ganchos de flores e carteiras de tecidos coloridos são um atentado para a minha carteira... apetece-me trazer um de cada.
Vou à barraquinha das caipirinhas buscar um granizado de abacaxi com hortelã para aguentar o calor, e regresso com a promessa de um mojito "como você nunca provou".
Ao lado, as garrafas de ginginha e licores chamam-me a atenção pela sua beleza e simplicidade...
... e os ganchos de flores e carteiras de tecidos coloridos são um atentado para a minha carteira... apetece-me trazer um de cada.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Momentos (LXXVIII)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Ouvir e sentir (LXIX)
Porque recebi um telefonema inesperado e muito querido "todos os dias ligo para duas pessoas, e hoje lembrei-me de ti" (agora já percebo as contas astronómicas de telemóvel).
Porque, para dois pequenos de olhos doces, eu serei sempre a rapariga que põe músicas bonitas no blog.
Colbie Caillat e Jason Reeves
"Droplets"
Porque, para dois pequenos de olhos doces, eu serei sempre a rapariga que põe músicas bonitas no blog.
Colbie Caillat e Jason Reeves
"Droplets"
Aceitar
Depois da morte do Tobias, já estávamos mais ou menos à espera disto, mas ainda assim custou vê-lo a desfalecer aos poucos esta manhã, e saber que não havia nada a fazer. O Crustáceo morreu hoje, de velhice e de solidão.
Cheguei a casa e não ouvi os habituais guinchos a pedir comida, e durante o jantar olhávamos os dois para a gaiola vazia que ainda não arrumei enquanto ele não decide se quer mais. Porque a verdade é que foram uma presença que nos acompanhou durante anos, e agora a casa está mais vazia.
Cheguei a casa e não ouvi os habituais guinchos a pedir comida, e durante o jantar olhávamos os dois para a gaiola vazia que ainda não arrumei enquanto ele não decide se quer mais. Porque a verdade é que foram uma presença que nos acompanhou durante anos, e agora a casa está mais vazia.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Bem me parecia...
Enquanto eu me preparo para 3 horas de aula e ele se prepara para 3 horas de sofá:
- Humm, que filme é que eu vou ver hoje?...
- Olha, tenho um filme excelente para ti! Chama-se "Encontro com o aspirador"!
- Nahh, esse é feio, não me apetece...
(pudera...)
- Humm, que filme é que eu vou ver hoje?...
- Olha, tenho um filme excelente para ti! Chama-se "Encontro com o aspirador"!
- Nahh, esse é feio, não me apetece...
(pudera...)
Abrandar
Acabei de ter auditoria de um cliente. Logo à noite vou ter exame de espanhol. Mas possivelmente antes ainda passo pelo hospital para endireitar um dedo (torcido numa manobra perigosa...). E o próximo fim de semana vai ser passado a trabalhar numa Feira de Gastronomia.
Estive a rever alguns dos meus primeiros posts, a forma como escrevia, o que dava de mim. Há algum tempo que não escrevo assim, auto-censura ou falta de tempo, não escrevo sobre o bom e o mau, sobre a alegria de receber um telefonema do meu pai só porque queria ouvir a minha voz, ou sobre o Elegy, que a C. tinha razão quando dizia que eu tinha que estar com o espírito certo para o ver (mas a Penélope Cruz está espectacular).
Desisti de falar da espera, tento guardá-la num canto esquecido da minha mente, se não posso vencê-lo(s) junto-me a ele(s), disse que não continuava a lutar sozinha e mantenho, guardo as forças para mais tarde, muito mais tarde pelos vistos (mas nunca é tarde demais, ou será?). Fico à espera do dia em que as prioridades se alterem, e vou vivendo um dia de cada vez, vencida mas não convencida
Também não tenho escrito sobre a minha afilhada, que enfia na boca tudo o que apanha à mão, puxa os cabelos (dos outros) com uma força desmedida e baba-se como ninguém, com um sorriso luminoso e lindo e um cheiro que fica na roupa, na pele, na alma. Nem do nó no estômago quando a vejo ao colo dele, tão pequenina num colo tão grande, ou do olhar espantado que lhe lança quando estica o pescoço para trás, para ver bem aquela cara de barba por fazer, que lhe fala com voz grossa.
E não contei do lanche-jantar imprevisto no alpendre do meu sogro, no silêncio de fim de tarde, sossego e paz do campo sonhados por nós "quando trocarmos de casa".
Os dias vão passando e eu digo que são todos iguais, mas não são, e de vez em quando insisto em lembrar-me da sorte que tenho e agradecer por todo o bem que acontece à minha volta.
Desisti de falar da espera, tento guardá-la num canto esquecido da minha mente, se não posso vencê-lo(s) junto-me a ele(s), disse que não continuava a lutar sozinha e mantenho, guardo as forças para mais tarde, muito mais tarde pelos vistos (mas nunca é tarde demais, ou será?). Fico à espera do dia em que as prioridades se alterem, e vou vivendo um dia de cada vez, vencida mas não convencida
Também não tenho escrito sobre a minha afilhada, que enfia na boca tudo o que apanha à mão, puxa os cabelos (dos outros) com uma força desmedida e baba-se como ninguém, com um sorriso luminoso e lindo e um cheiro que fica na roupa, na pele, na alma. Nem do nó no estômago quando a vejo ao colo dele, tão pequenina num colo tão grande, ou do olhar espantado que lhe lança quando estica o pescoço para trás, para ver bem aquela cara de barba por fazer, que lhe fala com voz grossa.
E não contei do lanche-jantar imprevisto no alpendre do meu sogro, no silêncio de fim de tarde, sossego e paz do campo sonhados por nós "quando trocarmos de casa".
Os dias vão passando e eu digo que são todos iguais, mas não são, e de vez em quando insisto em lembrar-me da sorte que tenho e agradecer por todo o bem que acontece à minha volta.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Admitir
Ando assim há uma semana, desconcentrada e com brancas a meio do discurso.
Ontem pus um tacho ao lume com massa e esqueci-me dele.
Hoje, depois de ter telefonado para uma colega porque ela nunca mais chegava e eu estava a ficar preocupada, e de ela me ter lembrado que estava de férias (e ainda por cima acordei-a), admiti que o meu cansaço psicológico chegou ao limite, e tenho de fazer alguma coisa.
Saí direita à farmácia e comprei um multivitamínico com ginseng (e se calhar não era má ideia começar a deitar-me antes da uma da manhã...).
Ontem pus um tacho ao lume com massa e esqueci-me dele.
Hoje, depois de ter telefonado para uma colega porque ela nunca mais chegava e eu estava a ficar preocupada, e de ela me ter lembrado que estava de férias (e ainda por cima acordei-a), admiti que o meu cansaço psicológico chegou ao limite, e tenho de fazer alguma coisa.
Saí direita à farmácia e comprei um multivitamínico com ginseng (e se calhar não era má ideia começar a deitar-me antes da uma da manhã...).
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Escolher
O espanhol (o curso) é muito giro mas rouba-me muito tempo, altera-me as rotinas, os horários, as tarefas que eu insisto em fazer durante a semana porque tenho um ódio de morte de ter de as fazer ao sábado e domingo (excepto em situações de neura agravada). Porque o fim de semana é sagrado, e para mim começa à sexta-feira, assim que passo a porta de saída do trabalho.
E hoje, perante o cenário de ter de fazer o que não consegui nos últimos dias (basicamente tudo), e sem uma neura que me incentivasse (felizmente), o humor estava a entrar pelas ruas da amargura.
Depois li isto: "A clean house is a sign of a wasted life".
(a casa que se lixe, vou ver "The Inglourious Basterds")
E hoje, perante o cenário de ter de fazer o que não consegui nos últimos dias (basicamente tudo), e sem uma neura que me incentivasse (felizmente), o humor estava a entrar pelas ruas da amargura.
Depois li isto: "A clean house is a sign of a wasted life".
(a casa que se lixe, vou ver "The Inglourious Basterds")
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O que eu tenho de ouvir (VII)
- Gostava de fazer uma sessão fotográfica assim.
- Eu era capaz de tirar essas fotos!
- A ideia era tu estares nas fotos!
- Ahhhhhh, assim tínhamos de falar com outra pessoa para as tirar...
(Pois, se calhar convinha...)
- Eu era capaz de tirar essas fotos!
- A ideia era tu estares nas fotos!
- Ahhhhhh, assim tínhamos de falar com outra pessoa para as tirar...
(Pois, se calhar convinha...)
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Nova paixão (V)
Não me venham com os típicos bolinhos de amêndoa do Algarve.
Os únicos de comer e chorar até às lágrimas são os Olhinhos de Sogra (já me arrependi mil vezes de não ter trazido mais).
Os únicos de comer e chorar até às lágrimas são os Olhinhos de Sogra (já me arrependi mil vezes de não ter trazido mais).
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