Peter Pan pega-me na mão e leva-me para a sala. Aponta para o pufe e diz "vamo domí?". Deito-me com ele aninhado no colo, a cabeça encostada no meu ombro, os olhos fixos nos meus, como se estivesse a estudar-me as feições, como se estivesse a ver-me pela primeira vez.
Depois segura a minha cara nas mãos papudas e macias, e puxa-a para ele, até os meus lábios tocarem na bochecha deliciosa. Pede-me beijos sem uma palavra, e eu dou, muitos, imensos, num carinho sentido que me enche a alma depois de um dia esgotante, num tempo que é só nosso em cada final de tarde e que me dá forças para o dia seguinte. Todos os dias.
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