quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Em jeito de reflexão

Não fiz nenhuma resolução para este novo ano que começa hoje. Talvez porque não há nada na minha vida que queira (ou possa) realmente mudar. E também pouco pedi: saúde e que não morra ninguém que amo. Só isto. Como diz a Catarina, a vida resolve-se sozinha.
2014 ficou marcado irremediavelmente  por um carro roubado (na primeira noite do ano), perder a minha mãe e ver o meu marido a ser despedido injustamente (o facto de ter agora uma acta do Tribunal de Trabalho que comprova que o despedimento foi injustificado não apaga os meses de desgaste pesicológico que isso causou). Despedi-me de um ano maldito sem olhar para trás mas com mágoa. Não deixa saudades. Ainda hoje estou para saber como aguentei, como não descambei e me parti em pedaços. Fui buscar forças a uma fé inabalável de que tudo acontece por uma razão. Tudo. E enchi-me de coragem para continuar a viver cada dia pela minha família, pelo meu filho, sempre por ele, pela alegria que me enche o coração em cada sorriso dele.
Acabei o ano em casa da Paula, um jantar calmo de amigos, a lareira acesa, a mesa cheia (tão cheia, credo) e o meu filho a dormir sereno (pelo sim pelo não, este ano até a porra das passas comi...). E se tivesse que formular um desejo para este ano que começa hoje, sería este: os amigos por perto, o ambiente caloroso, a mesa farta e a felicidade do meu filho. Sentir sempre assim o coração quentinho.

Cirque du Soleil
"Alegria"

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